Hebergeur d'Images Gratuit
“Como a abelha que colhe o mel de diversas flores, a pessoa sábia aceita a essência das diversas crenças e vê somente o bem em todas as religiões”

22 de jul. de 2011

O Frei e o Falso Cristo.




Freio Rufino era um exemplo de cristão, amigo e companheiro de São Francisco de Assis compartilhava e convivia ambos na mesma ordem.
Certa vez desabrochou-lhe a vidência, passando assim a ter mais contato com o
Plano Espiritual.

Um dia apareceu-lhe uma entidade vestida à nazarena. E logo identificou-se com o nome
de Jesus, o filho do carpinteiro José.
Rufino, intensamente sensibilizado com a inesperada visão, ajoelhou-se e exclamou:
- Estou a vosso dispor, Mestre!
O Espírito, sorridente, respondeu:
- Rufino, meu filho, quero apenas esclarecer-te quanto à verdadeira situação tua e de teus companheiros.
Estás completamente enganado. O meu evangelho jamais recomendou sacrifício
ou reforma moral como meio de redenção. Não compete a nenhum dos homens melhorar a situação do mundo. Se eu mesmo não logrei esse objetivo, que diríamos dos teus pobres
e ineficazes esforços? Abandona, pois, essa Ordem tola e vive a realidade! O mundo está cheio de alegrias fáceis. Faz o que te digo e aguarda o tempo!
Frei Rufino ficou muito impressionado com a manifestação. Pôs-se a pensar e no dia seguinte
o fato se repetiu.
Aos poucos uma sensação de desânimo invadiu sua alma ao passo em que começava a
sentir antipatia pelos seus confrades.
Acontece, porém, que São Francisco também teve oportunidade de ver o Espírito enganador
que já estava alterando o comportamento de Rufino.
O "pobrezinho" convidou o irmão para uma conversa séria, mas não foi fácil mudar a situação.
No dia seguinte, em novo diálogo, Francisco conseguiu bloquear as reações de Rufino:
- Meu irmão muito amado, eu vejo que a influência desse Espírito te deixou desanimado
e inquieto. Já não te apresentas tranqüilo e feliz como antes. Admites, então que essa influência
seja benéfica? Ora, se realmente estivesses sendo visitado pelo Cristo, teu estado de
espírito seria bem outro. Não acha?
Rufino abaixou a cabeça e não deu qualquer resposta.
São Francisco, aproveitando o silêncio, segurou-lhe pelo braço e concluiu:
- A maneira de distinguirmos o Espírito mal do bom é pela sensação que deixa em nós.
Vejo que ficaste fascinado e indisposto a qualquer manifestação do bem. Desperta, pois,
meu filho, e retorna às claridades do Evangelho!
Francisco silencia enquanto Rufino soluça, vertendo lágrimas de arrependimento e renovação.


A Doutrina Espírita, na sua extraordinária função educativa, elucida magistralmente essa
questão. A exemplo, vejamos o problema da mistificação.
Já se sabe que o mais importante não é o nome ou a aparência com que um Espírito se
apresenta, e sim a sua mensagem e a sensação que deixa no médium e no ambiente.
No trato com as pessoas desencarnadas é indispensável o bom senso. Enganadores e
brincalhões existem em toda parte e nos dois planos da vida, tentando confundir as criaturas
e semear discórdia. Por isso Paulo de Tarso dizia: "Reparai se o Espírito vem de Deus."

Fonte: Livro, O MUNDO DE FRANCISCO DE ASSIS
o autor espiritual RABINDRANATH TAGORE pela
Psicografia de Ariston S. Teles. Adaptação: Regih Ricarth.


Nenhum comentário:

Postar um comentário