15 de jan. de 2011
Catástrofes & Flagelos
Mudanças no clima, situações de risco iminente, desmatamentos excessivos, construções desordenadas, gases tóxicos...
O homem, em sua descabida e ansiosa busca pelo progresso, há de ter a si apensada, a tipologia criminal de partícipe, ou co - autor de tragédias que antes eram somente imputadas nos capítulos referentes às forças da Natureza.
Ora, basta-nos um pequeno arrazoado hoje em dia, para que cheguemos a conclusão de que, se o Pai, quando da criação do mundo, pensava tão somente no progresso das raças nele habitante, não seria Ele, por sua onisciência que engendraria semelhantes tribulações pelas quais o homem passa em sua peregrinação de espírito encarnado.
Por certo há de se concluir que se desmatamos aqui, vastas áreas, haverá um aumento do aquecimento da calota terrestre nestes lugares, agravando substancialmente a temperatura global. Sabe-se que não só o desmatamento trabalha neste campo, o aumento de proporção no buraco existente na camada de ozônio também proporciona variações climáticas de grande relevância na temperatura terrestre, produzindo a recrudescência de fenômenos atmosféricos em regiões distintas.
Mas o homem, bradando inocência, ainda hoje acusa a Natureza da autoria de quase tudo que lhe aconteça.
Assim, quando alagamentos acontecem, ceifando vidas, acusa a Natureza e, por conseguinte ao Pai, por tais enlutantes acontecimentos.
Mas notemos o contraste entre duas coisas: Ao verificarmos as regiões ribeirinhas, notamos com facilidade, a variedade de construções edificadas as margens dos rios, algumas já adentrando a estes, as palafitas. Entretanto, mesmo procurando com zelo, não haveremos de encontrar, senão há até 30 km de distância dos rios, construções erigidas não por humanos, mas por insetos, as nossas formigas.Há então de ser pensado o porque de tal acometimento, a resposta nos trás a compreensão de que os próprios animais, ditos irracionais, já determinam níveis de segurança, para erigirem suas moradas. Só o homem, eterno Senhor, abusa e descrê, colocando-se perigosamente a espreitados acontecimentos, vitimando-se por sua própria invigilância.
Emmanuel, na obra "Fé, Paz e Amor", trás a nossos olhos uma página elucidativa sob o título de Flagelos, vejamos:
Ante as calamidades que afligem a natureza, gerando o espetáculo deprimente das provações coletivas, não te esqueças daquele mundo vivo que somos nós mesmos, governado por leis que não poderemos trair.
Lembra-te de que todos os nossos desacertos na luta e deserções do dever representam deplorável plantação de males em nossa rota.
A rendição ao vício e o culto da crueldade criam espessas nuvens de treva em torno de nossos passos a rebentarem depois, em temporais de lágrimas, que valem por destruidoras convulsões em nosso campo íntimo.
É por isso que a experiência atual para nós outros permanece juncada pelos destroços de ontem, quando a nossa invigilância favoreceu na estrada que nos é própria os flagelos morais que hoje nos patrocinam as dificuldades e os sofrimentos.
Os obstáculos do templo familiar, os impedimentos afetivos, os espinheiros profissionais e os tremendos conflitos interiores que nos assomam à vida constituem dolorosas reminiscências dos cataclismos da alma que nos mesmos criamos.
Regeneremos assim, o destino, suportando com heroísmo e serenidade o inquietante reajuste de agora.
Achamo-nos à frente do passado que ainda vive em nós e, se nos propomos alcançar o futuro de firmamento sem sombra em que desejamos viver, saibamos carregar a cruz de provas e inibições que nos mesmos talhamos a fim de que, com ela e por ela, possamos proclamar perante a Lei o nosso justo resgate, garantindo, dessa forma, a posse de nossa verdadeira libertação.
Conceituaremos então os flagelos, como movimentos naturais que trazem como conseqüência desencarnes coletivos, atingindo e modificando, por vezes, regiões inteiras.
Kardec em "O Livro dos Espíritos"entende que muitos destes flagelos resultam também, da imprevidência do homem.
Falaremos então, daqueles que, entre aspas, independem da ação do homem.
As enchentes naturais, os furacões, maremotos, terremotos, erupções vulcânicas, avalanches etc.
Em relação a estes, diz o homem já ter se colocado em tecnológica e cientificamente sobre eles.
No Japão, o homem já consegue erigir prédios que não são comprometidos pelos terremotos, acontecendo o mesmo nos Estados Unidos da América.
A história nos mostra o homem, fazendo no deserto, o nascer da vida nos campos de Israel, Por exemplo,... Mas a insensibilidade deste mesmo homem tem feito com que grande massa de espíritos desencarne, vitimada pela invigilância, fazendo-nos afirmar que o homem se assina como partícipe em muitas dessas tragédias, ditas tipicamente naturais.
Em "Obras Póstumas"respondem-nos os espíritos que é o espírito, não o corpo, o mais importante, tal; como nas guerras, o general não há de se preocupar com o fardamento de seus soldados. Isso nos trás a percepção de que não haveria, de por assim se dizer, um desencarne injusto, conforme a leitura desses mesmos espíritos. Ainda em "Obras Póstumas" nos lembram quando tratam do tema "Expiações Coletivas": A própria espiritualidade trabalha para que de alguma forma aqueles que precisem, de alguma forma passar
por esta experiência, ali estejam reunidos no momento exato em que o flagelo ocorra.
Emmanuel, em suas considerações anteriores, afirmou ser o homem e sua imprevidência, como causadores de muitos desses flagelos.
Poderíamos num rápido pensar, apontar algumas mostras dessa imprevidência, citando a pouca preocupação para com a higiene pública, as construções em áreas de risco, um exemplo que apontando na área da higiene pública, está a luta contra o alastrar endêmico da Dengue, onde seu transmissor é ainda encontrado em muitos lares e pasmem, até mesmo dentro de tubulações próprias do estabelecimento público que cuida de sua erradicação. As enchentes e alagamentos produzidos pelo entupimento ou inexistência de sistemas de escoamento de esgotos públicos mostram também, o dedo do homem, cultivando a morte do próprio homem.
O Homem, distanciado de sentimento melhor para consigo mesmo e para com seu próximo, tem sido grande incentivador desses flagelos.
Lembramos ainda, a existência de espíritos ainda em grande atraso moral, que ainda buscam, pela beligerância a conquista de nações inteiras, escravizando seus povos, atraídos pelas riquezas minerais destas nações. Doutra feita é este mesmo Homem, que fanatizado torna-se joguete na mão de insidiosos espíritos perturbados e lança-se contra seus próprios irmãos em atentados suicidas... Urge o tempo de estarmos todos, silentes e concentrados num único pensamento pela paz e concórdia entre os povos, esta a verdadeira globalização.
Mas, como em tudo há também, para abrandar e proteger o projeto divino, a mão do Criador, a espiritualidade encontra sempre um final justo e bom para acontecimentos que venham a dizimar milhares de vidas. É que, no mesmo momento em que estas legiões de espíritos regressam para a pátria espiritual, igual quantidade de espíritos, estes mais apetrechados moral e intelectualmente, aportam em nosso orbe, em diversos locais. São estes espíritos, que pela imitação de seus atos, por parte dos que aqui ainda se encontram, num primeiro momento e depois, pelo conhecimento que farão das qualidades morais dos espíritos recém chegados, conquistarão as altiplanuras da evolução, conduzindo-se por atos e obras mais edificantes, alijando do seio da família mundial os baixos sentimentos, ao mundo de regeneração que sabemos estar por chegar.
Assim, a espiritualidade, pelo obséquio da justiça soberana de Mais Alto, responde aos flagelos e tragédias, muitas vezes criados pela ação invigilante do próprio homem.
Bibliografia:
Kardec, Allan
Obras Póstumas
O Livro dos Espíritos
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