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“Como a abelha que colhe o mel de diversas flores, a pessoa sábia aceita a essência das diversas crenças e vê somente o bem em todas as religiões”

28 de jan. de 2011

CRIANÇAS ÍNDIGO E ESPIRITISMO: ALGUMA COISA A VER ?


Crianças com aura azul e crianças cristais, duas novidades. Como a pedagogia espírita vê essa questão?

Uma das novidades dessa primeira dé­cada do terceiro milénio é o anúncio de uma geração de crianças chamadas "índigo". Há ainda uma outra classificação, a das crianças "cristal". A onda veio dos Estados Unidos a partir de um livro de Lee Carroll e Jan Tober The índigo Children, the new kids have arríved, publicado no Brasil, pela Editora Butterfly, sob o titulo de Crianças índigo.

Entre tantas, é uma temática incluída nessa corrente híbrida de pensamento chamada New Age (Nova Era), que mistura orientalismos, misticismos vários, espiritualismo ocidental, psicologismos vagos, e, às vezes, Espiritismo, na sua forma norte-americana de spiritualism. O que caracteriza o pensamento New Age é justamente o anúncio de novos tempos para a humanidade, de maior espiritualidade, de au­mento de consciência, de iluminação coletiva.

Como não existe uma filosofia consistente e unificadora para esse movimento, nele se abrigam todos os tipos de reflexões e propos­tas, desde algumas razoavelmente sensatas e certas músicas bonitas e relaxantes, até ideias místicas, mesmo supersticiosas. O que falta é justamente um eixo de racionalidade e o que sobra, para atrapalhar, é o mercado em torno do tema.

A identificação de possíveis crianças especiais suscita discriminações e proporcionam um estímulo à vaidade

Temos hoje uma indústria de espirituali­dade light, que vende em pílulas de livros de auto-ajuda, um conforto inconsistente, uma religiosidade descomprometida, porque muito superficial e feita para consumo rápido e des­cartável. Essa tendência se tornou de tal forma predominante - porque dá dinheiro - que ela contagia inclusive as grandes religiões e afeta em cheio o mercado editorial espírita.

O leitor-consumidor quer leituras rápidas, fáceis, que possam dar receitas prontas e flexí­veis para dar alívio às suas múltiplas angústias. Nada que comprometa muito, nada que o faça raciocinar em demasia, nada que o obrigue a to­mar atitudes éticas mais firmes. A espiritualidade também se tornou produto de mercado.

A questão das crianças índigo se insere nesse contexto. Segundo os autores que trabalham o tema, há crianças especiais nas­cendo no mundo para preparar a Nova Era, suas auras azuis justificam o nome de crianças índigo. São questionadoras, contestadoras, corajosas para construir um novo mundo. Mas há também as crianças cristais, essas mais evoluídas ainda, que são introspectivas, sensíveis, iluminadas.

Segundo os autores, esses seres precisam de atenção especial, de uma nova educação e de espaço para se desenvolverem livremente.

Meias-verdades e equívocos

A questão, tanto com o movimento da Nova Era quanto com esse tema específico das crian­ças índigos, é que há algumas verdades intuídas em meio a uma grande confusão de conceitos e incoerências perigosas.

Já no século 19 o Espiritismo anunciava novos tempos para a humanidade e dizia que a mudança se daria, sobretudo, pela encarnação de Espíritos mais conscientes, que já viriam aptos a construir e a vivenciar um novo mundo.

Há também um postulado adotado por Allan Kardec que, conforme se dá o progresso dos mundos, o período de infância vai ficando mais curto e os Espíritos reencarnam cada vez mais lúcidos e rapidamente amadurecem dentro dos propósitos que os trouxeram à nova existência.

Entretanto, uma das características do pensamento espírita é o despojamento de toda e qualquer linguagem mística e mítica, uma certa racionalização da espiritualidade, dentro de um entendimento lógico do mundo e da vida. Se uma nova geração está surgindo - e certamente está, pois basta conviver com as crianças atuais, para observar a sua vivacidade, a sua capacidade de desenvolvimento e a sua sensibilidade - é um fato natural, faz parte da lei do progresso coletivo e é inclusive parcialmente explicável pela maior quantidade de estímulos que as crianças recebem hoje desde cedo.

O perigo de classificarmos essas crianças é considerá-las seres privilegiados - pois o pior é que apenas algumas crianças são tidas como índi­go ou cristais-, criando castas, de que os pais de orgulham e sobre as quais projetam seus desejos de grandeza. A identificação de possíveis crianças especiais é altamente problemática e mesmo prejudicial, porque suscita discriminações, clas­sificações desvantajosas para outras, que não sejam assim consideradas, e para elas próprias, proporcionando um estímulo à vaidade.

Na obra de Lee Carrol e Jan Tober, há pro­blemas ainda maiores. É que a identificação de tais crianças baseia-se em critérios muito subjetivos e mesmo erróneos. Vemos crianças consideradas índigo estopendo o rosto da mãe sendo prepotentes, humilhando e agredindo ou­tras pessoas, inclusive seus pais. Ora, segundo qualquer avaliação sensata, tais tendências não revelam um espírito superior. Pode ser até um ser desenvolvido intelectualmente, mas o orgulho e a arrogância mostram um déficit moral, que os pais têm a responsabilidade de ajudar a corrigir, com amor e diálogo, é claro, sem repressões e punições.

Todas as crianças são únicas, cada uma tem seu histórico reencarnatorio, traz seus talentos específicos a serem trabalhados na presente existência, está num degrau diferente de evolução espiritual
Outros critérios apontados - como os citados por Tereza Guerra, no livro dela: Crianças índigo - Uma geração de ponte com outras dimensões, publicado pela Editora Madras-carecem comple-tamente de qualquer cientificidade e de qualquer possibilidade de comprovação. São pseudocientí-ficos. Vejamos três desses critérios. Diz a autora, Tereza: "Esses indivíduos são, simplesmente, novas expressões com características que vocês não possuem:

1. Uma vibração mais elevada;
2. Uma organização que invalida certos atribu­tos provenientes dos astros que, habitualmente, afetam os humanos;
3. Um dispositivo biológico específico, que lhes permite manejannelhor as impurezas fabricadas pêlos próprios humanos do planeta"

Já conseguiram algum meio de medir a eleva­ção da vibração de cada um? E que organização e dispositivo biológico são esses? Alguma mutação genética; comprovada? Estamos diante de uma geração de mutantes; superiores a nós? Como se vê, são afirmativas gratuitas, inconsistentes e problemáticas.

O que diz a Pedagogia Espírita ?

Essa discussão mostra muito bem por que insistimos em falarem uma Pedagogia Espírita, termo criado por J. Herculano Pires, e não em uma Pedagogia Espiritualista ou Nova Pedagogia ou Pedagogia do Amor-como algumas pessoas sugerem no sentido de descaracterizá-la de um suposto aspecto sectário. Quem compreende bem o Espiritismo sabe que ele tem um caráter universalista e não se fecha em fanatismo e sectarismo. E o que faz parte principalmente de sua proposta é o método de abordagem da realidade, de maneira científica, racional, sem abdicar da visão espiritual. Ou seja, Kardec nos indica critérios de tocar o real, de maneira a termos mais segurança em nosso modo de conhecer.

Assim, a pedagogia espírita é uma pedagogia que assume a reencarnação, a espiritualidade como dimensão real e necessária do ser huma­no, mas não abandona o eixo de racionalidade científica, desenvolvido na história do Ocidente, desde a civilização grega. Não podemos nos lançar a um misticismo medieval, deixando de lado as âncoras da pesquisa e da razão.

Portanto, dentro dessa abordagem, pode­mos afirmar que a pedagogia espírita trabalha com um critério democrático, racional, de con­siderar todas as crianças iguais e, ao mesmo tempo, singulares, rejeitando classificações restritivas ou discriminatórias.

Todas as crianças são iguais, essencial­mente divinas, espíritos em evolução, com in­finitas potencialidades a serem desenvolvidas. Todas precisam de amor, diálogo, educação libertadora, que permita seu pleno desabro­char. Todas devem ser respeitadas e ajudadas a cumprir seu destino evolutivo.

Todas as crianças são únicas, cada uma tem seu histórico reencarnatorio, cada uma traz talentos específicos a serem trabalhados na presente existência, cada uma está num degrau diferente de evolução espiritual - que é difícil avaliar, pois não há métodos de me­dir evolução espiritual a não ser observar o exemplo de um ser humano ao longo de sua existência e, ainda assim, muitos se enganam nessa avaliação, tomando falsos profetas por missionários.

Cabe-nos observar atentamente cada indivíduo, conhecer de perto suas tendências e jamais abdicar da função de educar, o que não significa modelar de fora, mas ajudar o ser a se autoconstruir.

Revista Universo Espírita (n. 40) - 2007 - Pág. 58

A Umbanda.

Não se pode negar que a Religião de Umbanda nasceu da mistura de diversas crenças, vindas de outras religiões. Talvez por isso a Umbanda seja a religião que recebe a todos, sem discriminações, principalmente de credo religioso, muito ao contrário do que acontece com o umbandista quando este é recebido por outras religiões, mas não vamos falar disso aqui.

O importante mesmo é termos total consciência de que a Umbanda veio da cultura afro, somada aos costumes indígenas tupiniquins, além é claro do sincretismo católico, este último uma mistura de amor e imposição. Claro que ainda existem influências orientais, kardecistas, místicas, uma verdadeira miscelânea de culturas.
Na minha opinião, a mais forte destas influências é do Candomblé, e tenho muito orgulho de afirmar isso, pois apesar de a Umbanda ter nascido a pouco mais de 100 anos (primeiro registro oficial), sua raiz africada é milenar.
Pai Zélio Fernandino de Moraes foi quem registrou em cartório a primeira tenda Umbandista em 1908, sua casa, a Tenda de Umbanda Nossa Senhora da Piedade, não tocava atabaques, mas estes instrumentos do Candomblé foram incorporados a religião e hoje é difícil encontrar terreiro de Umbanda que não os possua em seus rituais. De onde veio isso?
Com certeza, esta influência veio de nossos queridos Pretos Velhos, entidades que se manifestam na Umbanda e que foram em vida, escravos de tempos antigos em nosso País.

Estes negros escravos, trazidos da África eram adeptos do Candomblé, de diversas nações diferentes, e a Umbanda, ainda sem um código específico e singular, administra seus templos individualmente através das orientações de seus guias patronos, ou seja, quem determina certos fundamentos em uma casa de umbanda é o guia espiritual chefe desta casa, daí a forte influencia dos rituais de nação trazidos por nossos queridos Pretos Velhos.

Giras de Umbanda - A Umbanda
A origem de uma religião 100% brasileira.

Outra prova desta forte influencia e que também explica a entrada da cultura européia através da romana religião Católica, é o sincretismo dos Orixás (que vieram da África) com os santos católicos. Isso acontece simplesmente porque nossos antepassados negros, enquanto escravos, não podiam adorar Orixás e portanto adoravam santos católicos para não contrariar seus senhores, mas na verdade, quando um negro rezava para São Gerônimo por exemplo, estava em seu íntimo louvando a Xangô.

A religião de Pai Zélio, que completou 100 anos em 2008 é uma mistura de crenças, ainda em formação, e tomara que continue assim, pois a evolução humana não deve parar nunca, nunca devemos dizer que já sabemos de tudo e que isso é assim e assado. Tomara que a Umbanda continue evoluindo ainda mais e continue acima de tudo, uma religião eclética, sem preconceitos.

A caridade é o principal fundamento.

A ritualística de Umbanda é bastante vasta, vem sendo passada de pai para filho dentro da religião mas principalmente, vem sendo moldada pela orientação de nossos mentores espirituais, mas o principal objetivo é sem dúvida a caridade através dos atendimentos realizados por estes mesmos mentores.

Através da incorporação mediúnica, entidades espirituais muito mais evoluidas do que nós encarnados, vem prestar uma espécie de socorro as pessoas que recorrem aos diversos centros de Umbanda espalhados pelo País.

A forma que se realizam estes rituais difere um pouco de um templo para outro, justamente pelo fato de que cada casa possui seus fundamentos próprios, passados pelos seus mentores espirituais, mas em síntese ocorrem os mesmos preceitos.

O Terreiro é dividido em duas partes, o congá onde ficam os médiuns que irão trabalhar incorporados juntamente com os que irão auxiliar como cambonos e a assistência, onde se acomodam as pessoas que vem em busca deste atendimento.

A ritualística de abertura de uma Gira de Umbanda basicamente é composta de danças para os Orixás, cantos de melodias chamadas por nós de pontos cantados, defumações com ervas especiais e orações, inclusive as orações cristãs, como o Pai Nosso e a Ave Maria.

Ou seja, dentro da ritualística umbandista também se vê com clareza a mistura que compõem esta maravilhosa religião. Os atabaques e outros instrumentos comuns nos cultos aos Orixás se somam a práticas mais familiares aos cultos católicos, mas o culto aos Orixás sempre predomina, em muitos casos o Padê para o Orixá Exú, precede todas as giras, e isso é fundamento herdado do Candomblé que tem efeito prático no resultado das seções.

Este Padê consiste em cantar pontos para Exú e em seguida levar uma oferenda (ebó) até a canjira, que é o assentamento do Orixá na casa e fica do lado de fora do terreiro. Na prática, este ritual é um pedido para que Exú cuide da porteira e evite assim intromissões de espíritos menos evoluídos no trabalho, o chamado "descarrego".

Após estas louvações, rezas e pedidos, se chama em terra a entidade chefe do terreiro que irá incorporar no Zelador de Santo, o dirigente do terreiro, para tanto são entoadas cantigas especiais e próprias da entidade que virá trabalhar neste dia.

O guia chefe, depois de realizar os rituais de segurança da Gira, chama os médiuns já desenvolvidos que irão formar uma roda no centro do terreiro para receberem as entidades que irão prestar o atendimento a assistência.
Este atendimento é feito individualmente, os Guias de Luz passam orientações, receitas de banhos com ervas, dão o tradicional "passe mediúnico" que é o momento onde as entidades realizam as magias que resolvem os problemas daquela pessoa assistida.
São realizados diversos rituais nesta hora, mas acima de tudo estas entidades confortam as pessoas com seu modo carinhoso e humilde.

Existem, é claro, muitos fundamentos que envolvem a preparação de uma gira de Umbanda mas não é objetivo deste site apresentá-las em seus textos, que tem por finalidade apenas divulgar e difundir nossa cultura, mas fica a mensagem que encontramos em um destes pontos cantados que diz: A UMBANDA TEM FUNDAMENTO, É PRECISO PREPARAR.

24 de jan. de 2011

A Verdade



Quando Pilatos perguntou a Jesus: “O que é a verdade?" - Jesus guardou silêncio. Quando fizeram a mesma pergunta ao Buda, ele deu as costas e se retirou. A Verdade é incomunicável como é incomunicável o sublime êxtase que sentimos quando contemplamos um belo pôr-do-sol.
A Verdade é questão de experiência mística e só através do êxtase podemos experimentá-la.
Todo o mundo pode dar-se ao luxo de opinar sobre a Verdade, porém a Verdade nada tem a ver com as opiniões. A Verdade nada tem a ver com o pensamento. A Verdade é algo que somente podemos experimentar em ausência do Eu.
A Verdade vem a nós como ladrão na noite e quando menos se espera. Realmente, a Verdade é algo bastante paradoxal, quem a sabe não a diz e quem a diz não a sabe. A Verdade não é algo quieto e estático. A Verdade é o desconhecido de momento em momento. A Verdade não é uma meta onde devemos chegar. A Verdade encontra-se escondida no fundo de cada problema da vida diária.
A Verdade não pertence ao tempo nem à eternidade. A Verdade está além do tempo e da eternidade.
A Verdade, Deus, Alá, Brahma, ou como queiram chamar Isso que é a grande realidade, é uma série de vivências sempre expansivas e cada vez mais e mais profundamente significativas. Algumas pessoas têm uma ideia sobre a Verdade e outras pessoas outras ideias. Cada um tem sobre a Verdade suas ideias próprias, porém a Verdade nada tem a ver com as ideias, pois é totalmente diferente de todas as ideias.
No mundo há muitas pessoas que crêem ter a Verdade sem havê-la experimentado realmente; e em geral essas pessoas querem ensinar a Verdade aos que de fato a experimentaram alguma vez.
A experiência da Verdade torna-se impossível sem a sábia concentração do pensamento.
Existem dois tipos de concentração: o primeiro é exclusivista e o segundo é pleno, total, não exclusivista.
A verdadeira concentração não é o resultado da opção com todas suas lutas, nem de escolher tais ou quais pensamentos. Isso de dizer “eu opino que este pensamento é bom e aquele outro é mau”, ou vice versa, ou ainda, “não devo pensar nisto”, e que “é melhor pensar naquilo”, etc., forma, de fato, conflitos entre a atenção e a distração e onde há conflitos não pode existir quietude e silêncio da mente.
Nós devemos aprender a meditar sabiamente e conforme surja na mente cada pensamento, cada lembrança, cada imagem, cada ideia, cada conceito, etc., devemos olhá-lo, estudá-lo, extrair de cada pensamento, recordação ou imagem, etc., o melhor. Quando o desfile de pensamentos terminou, a mente fica quieta e em profundo silêncio e então a essência da mente escapa e advém a experiência d’Isso que é a Verdade.

As leis de Carma e Darma

Nesta lição aprenderemos sobre duas leis superiores, e é muito importante entender como essas leis funcionam para que possamos saber o que fazer para conduzir nossas vidas em harmonia com as forças superiores.


Qualquer ato seja este bom ou mal, tem a sua consequência. Se praticarmos o bem a consequência será boa para nós, se temos uma má conduta as consequências serão ruins.
Não existe efeito sem causa e nem causa sem efeito.
E para julgar nossas ações existem seres de consciência totalmente desperta, que são os responsáveis para levar a cabo este trabalho. Estes seres constituem o Tribunal da Justiça Divina, cuja função é pesar nossas boas e más ações e aplicar de forma justa a sentença, a conseqüência de nossas ações.


O Tribunal da Justiça Divina.

Esse Tribunal é formado pelo regente Anúbis e seus 42 juízes.
Nas pirâmides do Egito foram encontradas várias ilustrações do Tribunal da Justiça Divina.
Nestas ilustrações o regente Anúbis é representado por um homem com a cabeça de chacal e os 42 juízes são simbolizados por diversos animais. Anúbis, na tradição egípcia, é o juiz que pesa o coração dos mortos e aplica a pena correspondente.

A Lei Divina tem como base a justiça e a misericórdia. A justiça sem misericórdia é tirania. A misericórdia sem justiça é tolerância, complacência com o erro.
Se ao pesar nossas ações em uma balança, o prato das boas ações estiver mais pesado o resultado será um Darma, que é uma recompensa pelas boas obras que fazemos.
O Darma (do sânscrito Dharma) significa também realidade ou ainda virtude.
Se ocorrer o contrário, se o prato das más ações estiver mais pesado, o resultado será um Carma para nós, ou seja sofrimento, dor, adversidades, etc.
A palavra de origem sânscrita Karma significa ação. Podemos entendê-la como lei de ação e consequência.



Os tipos de Carma.

Existem vários tipos de Carma:

Individual:
quando é aplicado especificamente a uma pessoa. Por exemplo, no caso de uma doença.
(é importante ressaltar que nem todo sofrimento ou acontecimento ruim é cármico, pois devido a nossa inconsciência podemos causar diretamente nosso próprio sofrimento. Ex: uma pessoa que atravessa uma rua sem a devida atenção e é atropelada).

Familiar
: quando é aplicado de tal forma que afeta toda uma família. Por exemplo, no caso de se ter um membro da família que é viciado em drogas. Isto traz sofrimento para todos ao redor.

Regional
: quando é aplicado em determinada região. Temos como exemplo as secas, enchentes ou outras adversidades climáticas que ocorrem em determinados lugares e regiões.

Nacional
: é uma ampliação do carma regional. Temos o exemplo de países que são assolados pela guerra, ditaduras, misérias, desastres naturais, etc.

Mundial
: quando é aplicado a toda humanidade. Temos o exemplo das guerras mundiais e, atualmente, vemos a imensa degradação e a progressiva escassez dos recursos naturais, iminência de guerra nuclear, grandes desastres naturais, ameaças de epidemias, etc.
Neste momento não poderíamos deixar de alertar que estão ocorrendo grandes transformações em nosso mundo.

Katância
: é o carma mais rigoroso, que é aplicado aos Mestres, que apesar de suas inúmeras perfeições, podem cometer erros e ser penalizados.

Kamaduro
: que é o carma aplicado a erros graves, assassinatos, emboscadas, torturas, etc. Esse tipo de karma não é negociável e quando é aplicado vai inevitavelmente até as suas consequências finais.

Karmasaya
: esse carma também não é negociável e é aplicado quando a pessoa comete adultério.
Nas escrituras sagradas está escrito que “todo pecado será perdoado, menos os pecados contra o Espírito Santo”, e esse pecado é o adultério. Mas o que é considerado adultério perante a Justiça Divina?

Perante a Lei Divina quando duas pessoas se unem sexualmente elas estão casadas nos mundos internos (independente de serem casadas pelas leis físicas).
Portanto se a pessoa tem mais de um/a parceiro sexual em um determinado espaço de tempo (menos de um ano), essa pessoa comete adultério e lança Carma sobre suas costas.

Mais ainda, quando duas pessoas se unem sexualmente, por estarem internamente casadas, seus Carmas se somam e tornam-se comum as duas pessoas.
E se uma dessas duas pessoas tiver outra relação sexual com uma terceira pessoa, essa última terá o Carma das três pessoas.
Sabendo disso podemos então fazer uma idéia de como é grave a situação cármica de toda a humanidade.



Os negócios

Como foi dito acima as bases da Lei Divina são a justiça e a misericórdia. Isso significa que, por mais duro que seja nosso carma, podemos pagá-lo com boas obras e então não necessitaremos sofrer.

“Quando uma lei inferior é transcendida por uma lei superior, a lei superior lava a lei inferior.”

“Faze boas obras para que pagues tuas dívidas. Ao leão da lei se combate com a balança.”

“Quem tem com que pagar, paga e sai bem em seus negócios; quem não tem com que pagar, pagará com dor.”


Se no prato da balança cósmica colocamos as boas obras e no outro as más, é evidente que o Carma dependerá de qual prato estará mais pesado. Todos somos grandes devedores, seja devido aos nossos atos desta ou de passadas existências.
Por isso é urgente que mudemos nossa conduta diária.

Ao invés de protestarmos por estarmos em dificuldades, devemos sim procurar ajudar aos demais.
Ao invés de protestarmos por estarmos doentes, devemos dar medicamentos aos que não podem comprá-los, levar ao médico os que não podem ir, etc.
Ao invés de reclamarmos das pessoas que nos caluniam, devemos aprender a ver o ponto de visto alheio e abandonar de uma vez a calúnia, as intrigas, as reclamações, etc.

Nosso carma pode ser perdoado se eliminarmos a causa de nossos erros, de nossa ira, de nossa inveja, de nosso orgulho, etc.
A causa de nossos erros e, por conseguinte, de nosso sofrimento é o ego, nosso defeitos psicológicos..
O mundo seria um paraíso se as pessoas eliminassem de si mesma essas abominações inumanas.
Não é possível ter uma conduta reta se somos manipulados pelos defeitos psicológicos.

Conforme vamos eliminando nossos próprios defeitos o carma referente a tal ou qual defeito vai sendo perdoado. Isto é a misericórdia.

Nunca devemos protestar contra nossa situação cármica, pois isso só vem a agravá-la.
O Carma é um remédio que nos aplicam para que vejamos nossos maiores defeitos e que normalmente são a causa de nosso sofrimento.

23 de jan. de 2011

O Sentindo Do verdadeiro Amor


O mundo está cheio de queixas. De pessoas que se dizem solitárias. Que desejariam ser amadas. Que vivem em busca de alguém que as ame, que as compreenda.
O mundo está cheio de carências. Carências afetivas. Carências materiais.
Possivelmente, observando o panorama do mundo onde vivia foi que Madre Teresa de Calcutá, certo dia, escreveu:
Senhor, quando eu tiver fome, dai-me alguém que necessite de comida. Quando tiver sede, dai-me alguém que precise de água. Quando sentir frio, dai-me alguém que necessite de calor.
Quando tiver um aborrecimento, dai-me alguém que necessite de consolo. Quando minha cruz parecer pesada, deixai-me compartilhar a cruz do outro.
Quando me achar pobre, ponde a meu lado alguém necessitado. Quando não tiver tempo, dai-me alguém que precise de alguns dos meus minutos. Quando sofrer humilhação, dai-me ocasião para elogiar alguém.
Quando estiver desanimada, dai-me alguém para lhe dar novo ânimo.
Quando sentir necessidade da compreensão dos outros, dai-me alguém que necessite da minha. Quando sentir necessidade de que cuidem de mim, dai-me alguém que eu tenha de atender.
Quando pensar em mim mesma, voltai minha atenção para outra pessoa.
Tornai-nos dignos, Senhor, de servir nossos irmãos que vivem e morrem pobres e com fome no mundo de hoje.
Dai-lhes, através de nossas mãos, o pão de cada dia, e dai-lhes, graças ao nosso amor compassivo, a paz e a alegria.
Madre Teresa verdadeiramente conjugou o verbo amar na prática diária. Sua preocupação era em primeiro lugar com os outros.
Todos representavam para ela o próprio Cristo. Em cada corpo enfermo, desnutrido e abandonado, ela via Jesus crucificado em um novo madeiro.
Amou de tal forma que estendeu a sua obra pelo mundo inteiro, abraçando homens de todas as nações e credos religiosos.
Honrada com o Prêmio Nobel da Paz, prosseguiu humilde, servindo aos seus irmãos da romagem terrestre. Tudo o que lhe importava eram os seus pobres. E os seus pobres eram os pobres do mundo inteiro.
Amou sem fronteiras e sem limites. Serviu a Jesus em plenitude. E nunca se ouviu de seus lábios uma queixa de solidão, amargura, cansaço ou desânimo.
Sua vida foi sempre um cântico de fidelidade a Deus, por meio dos compromissos com as lições deixadas por Jesus.

"O Cristo precisa de almas dispostas e decididas que não meçam obstáculos para servi-lO. Almas que se lancem ao trabalho, por mais exaustivo que seja, porém sempre reconfortante e luminoso, desde que possa ser útil de verdade.
Almas que não esperem nada do beneficiado, por suas mãos socorrido, a não ser a sua felicidade, sob as luzes do amigo Jesus.
Almas cujo único desejo seja o de amar intensamente, sem aguardar um único gesto de gratidão.
Almas que tenham entendido o que desejou dizer Francisco de Assis: É melhor amar do que ser amado".

Redação do Momento Espírita,com base no cap. 20 do livro Vida e mensagem, pelo Espírito Francisco de Paula Vítor, psicografia de Raul Teixeira, ed. Fráter e no poema de Madre Teresa de Calcutá, intitulado Dai-me alguém para amar.

REFLEXÕES SOBRE A GRANDE TRANSIÇÃO PLANETÁRIA


             Queridos amigos, estas são reflexões imprescindíveis, que todos nós, espíritas, comprometidos com a divulgação e vivência dos ensinamentos do Espiritismo, necessitamos fazer, compreendendo que estamos sendo convocados, diretamente, para contribuir com o processo de regeneração da Humanidade. 
Minha proposta aos queridos amigos é a de observarmos mais atentamente a mensagem-revelação do Espírito Órion., contida no livro Transição Planetária.
Ressaltarei desse capítulo, que é o terceiro, os pontos referentes à convocação que é feita pelo emissário que veio de uma das Pleiâdes (constelação do Touro), especialmente a nós, espíritas.
Inicialmente apresento algumas considerações.

O livro Transição Planetária, a meu ver, é a obra mediúnica mais importante dos últimos tempos ao abordar o grandioso processo da renovação planetária, conforme está predito, e como isso se realizará, para que a Terra alcance o patamar da regeneração.
            Jesus, no Sermão profético (Mt c.24 e 25; Mc c.13; Lc 21:5-36) fala do
“princípio das dores” e da“grande tribulação”.
            Em O Livro dos Espíritos, em resposta à questão 1019 proposta por Allan Kardec, o Espírito São Luís elucida, com muita clareza, o que deverá ocorrer para que o bem reine na Terra. Também em A Gênese, cap. XVIII, Kardec aprofunda os esclarecimentos com relação à grande transformação moral e espiritual do planeta.
Na magnífica obra mediúnica Há dois mil anos, (FEB, 1939), Emmanuel, através da psicografia de Chico Xavier, relata no cap. VI da segunda parte, intitulado “Alvoradas do reino do Senhor”, o discurso de Jesus (texto que divulguei há 3 anos para todos os nossos grupos), quando recepcionava um grupo de mártires sacrificados no circo romano. Segundo Emmanuel, o Mestre fez naquele momento sublime, “a exposição de suas profecias augustas”. Nessa importante profecia – recordemos que isto aconteceu há dois mil anos –encontramos detalhes de como se dará a transição, que ora está em curso.
No ano de 1948, a FEB lança o livro Caminho, verdade e vida, de Emmanuel/Chico Xavier, em cujo cap.140, intitulado “Para os montes”, o autor espiritual tece comentários sobre um dos versículos do Sermão profético, conforme Mt 24:16. O texto é notável pois traça um panorama - àquela época –do que estamos vivendo hoje.
Recentemente, a Mentora Joanna de Ângelis, através de Divaldo Franco, divulga a mensagem intitulada “A Grande transição”, (livro Jesus e Vida – LEAL, 2007) excelente esclarecimento sobre o tema que estou enfocando. Interessante assinalar que esta mensagem foi transmitida, penso eu, como preparação para o livro Transição Planetária , que é o objeto de nossas reflexões.
Todos os textos acima evidenciam que a importante contribuição do querido Benfeitor Manoel Philomeno de Miranda, está doutrinariamente fundamentadanas obras citadas.
A obra Transição Planetária, traz, portanto, minuciosos esclarecimentos acerca do processo da regeneração do planeta Terra. Sendo assim é imprescindível que todos os que estarão recebendo essas reflexões estejam em dia com a leitura desse livro. E quem já leu releia...
A seguir, observemos o trecho em que Órion esclarece a vinda de milhares de Espíritos da mesma Esfera ao qual pertence que, inicialmente, estarão se dirigindo às comunidades espirituais (que são denominadas entre nós de ‘colônias espirituais’) que estão próximas à Terra, expondo o grandioso programa ,“de forma que, unidos, formemos uma só caravana de laboriosos servidores, atendendo as determinações do Governador terrestre, o Mestre por excelência.”
“De todas essas comunidades(colônias espirituais) seguirão grupos espirituais preparados para a disseminação do programa, comunicando-se nas instituições espíritas sérias e convocando os seus membros à divulgação das diretrizes para os novos cometimentos.
Expositores dedicados e médiuns sinceros estarão sendo convocados a participarem de estudos e seminários, para que seja desencadeada uma ação internacional no planeta, convidando as pessoas sérias à contribuição psíquica e moral em favor do novo período.”
É importante que leiam todo o capítulo e que atentemos para as advertências que Órion transmite. Claro que os testemunhos acontecerão, como podemos imaginar.
Na parte final da mensagem ele afirma : “ O modelo a seguir permanece Jesus, e a nova onda de amor trará de retorno o apostolado, os dias inesquecíveis das perseguições e do martirológio que, na atualidade, terá características diversas, já que não se podem matar impunemente os corpos como no passado...”
Queridos amigos, agora já sabemos.
A sintonia com essa programação depende de cada um, desde que aceite participar. Mas penso que todos estamos, vibratoriamente e honrosamente,engajados nesse nobre propósito.
Como diz Joanna, a amorável  Benfeitora de todos nós:
“Aclimatados à atmosfera do Evangelho, respiremos o ideal da crença...
E unidos uns aos outros, entre os encarnados e com os desencarnados, sigamos.
Jesus espera: avancemos! 


Suely Caldas Schubert  - 18/01/2011

21 de jan. de 2011

Obsessão o que é?


Uma das contribuições mais importantes do Espiritismo à Humanidade, sem nenhuma dúvida, foi o esclarecimento de que existe um  fator, de enorme influência sobre os seres humanos, chamado Obsessão Espiritual.
A Obsessão Espiritual é a influência que os espíritos exercem sobre os seres humanos. Bem, como os espíritos também são seres humanos, nós, espíritas, preferimos designar as pessoas que estão vivendo neste planeta, e usando um corpo carnal, um corpo de carne, de Encarnados.
Assim, nós somos seres encarnados e os espíritos, seres Desencarnados, pelo motivo óbvio de não usarem um corpo de carne…
Dessa forma, podemos melhorar a nossa definição de obsessão, ficando assim:
Obsessão Espiritual é a influência que os espíritos exercem sobre os encarnados.
Essa influência manifesta-se de dezenas, centenas de maneiras diferentes. Algumas vezes, o obsediado,isto é, a pessoa que está sendo influenciada, passa a sentir mal-estar físico, muitas vezes dores de cabeça, indisposição, irritação sem motivos aparentes ou impaciência, de curtas durações.
Outras vezes, essa influência passa a se prolongar, ou intensificar-se. Muitas enxaquecas, quando não têm causas orgânicas, físicas, detectáveis, são causadas pela presença agressora de espíritos obsessores.
O que era apenas um irritação momentânea passa afetar o comportamento da pessoa, alterando até mesmo o seu sistema nervoso. Não raro, o obsediado passa  a valer-se de medicamentos calmantes, ansiolíticos (para amenizar a ansiedade) e outras drogas prescritas por médicos que “diagnosticam” o problema: Estresse…
Sob o nome de Estresse, que é de fato uma doença do mundo moderno, esconde-se muitas vezes, uma infinidade influenciações espirituais.
A obsessão espiritual não afeta, apenas, o sistema emocional dos encarnados. Muitas vezes essa influência estende-se ao corpo físico, gerando dolorosos processos de impossível diagnóstico pela medicina materialista, dita científica.
Podem ser causadas por Obsessão Espiritual: Alergias, Inflamações articulares, descalcificações ósseas, câncer, tuberculose, necroses, depressão (em um número impressionante de casos), idéias suicidas, diarréias, vômitos, sangramentos, estrangulamento da vesícula, disfunções eréteis (no homem), frigidez (na mulher), etc.
Dentre as moléstias citadas acima, merece especial atenção a Depressão. Milhões de pessoas em nosso planeta Terra sofrem dessa terrível patologia, representando um enorme desafio à medicina, uma vez que pouco se sabe, ainda, como ela nasce e, principalmente, qual o meio realmente eficaz de curar um paciente depressivo.
O Espiritismo tem muito a ajudar a Humanidade neste campo, uma vez que explica, de forma clara e sem margem a duvidas, o fator causal das depressões ditas “sem causas orgânicas”. É a obsessão espiritual responsável por grande parte da depressão no mundo, uma vez que os maus espíritos perturbam o funcionamento das conexões sinápticas do sistema nervoso, impedindo o seu funcionamento correto e dificultando a produção de serotonina, dopamina e outros neurotransmissores. Dessa forma, carente de elementos mentais vitais, o obsediado passa a apresentar apatias, desinteresse, desmotivação e, inúmeras vezes, infuenciado pela presença maléfica dos maus espíritos, agredindo-o contínua e impiedosa, passa a alimentar idéias suicidas, sendo levado a acreditar que esse seria o caminho para “acabar” com aquele sofrimento.
Antes de concluirmos este post/artigo, precisamos dizer que o melhor remédio para combater a influência dos maus espíritos, a Obsessão Espiritual, é a prece a Deus e o exercício da caridade, o auxílio no limite das forças, aos nossos semelhantes necessitados de ajuda. Agindo dessa forma, o obsediado passará a gerar um campo magnético que anulará a ação dos maus espíritos, ao passo em que atrai a simpatia dos bons amigos espirituais para nos ajudar a nos defendermos do mal.

Fonte Blog do Ylen

Obsessão : Quais são as suas origens e Motivações?

Uma vez que definimos o que significa Obsessão Espiritual, vamos agora falar de como ela se origina e quais são as motivações que levam um espírito, comumente chamado de Obsessor, a perseguir alguém.




Obsessão Espiritual: Quais são as suas origens e Motivações?
Há alguns anos, trabalhando em uma sala mediúnica, no Centro Espírita Caminhando para Jesus, na cidade do Recife, iniciamos um diálogo com um espírito que havia sido trazido pelos benfeitores espirituais da casa, para que tentássemos ajudá-lo.
Aquela noite era especialmente reservada ao tratamento da Desobsessão.
Desobsessão é o tratamento espiritual e material, realizado nas casas espíritas, visando ajudar não só o sofredor encarnado mas, também, o sofredor desencarnado, chamado obsessor, também merecedor da misericórdia do Pai Celestial.
O irmão que estava à nossa frente mostrava-se irritado, revoltado e arredio. Entretanto, graças à intuição de nossos amigos espirituais, sentimos que havia cansaço naquela criatura. Cansaço de tanta luta e perseguição. E foi por ai que começamos o diálogo, perguntando:
- Amigo, há quanto tempo você está perseguindo essa pessoa? – Perguntei.
- Não sei. Não tenho a menor idéia. Faz muito tempo. Quando eu morro, ele me persegue. Ai, quando eu morro, ele reencarna, e ai é a minha vez!
- Compreendo. Mas, tente lembrar-se o ano em que tudo isso começou, considerando que estamos em 2001 (foi essa a época desse relato).
Ajudado pelos amigos espirituais, e com grande dificuldade, após algum tempo ele falou:
- Outubro. Outubro. Outubro de 1278!…
-Amigo, você está preso nessa luta inglória há mais de 700 anos! Será que já não basta!? Estamos em setembro de 2001…
- A informação causou-lhe grande choque. Após alguns minutos de reflexões, aceitou a ajuda dos trabalhadores da casa que o conduziram a uma colõnia espiritual, encerrando assim, uma obsessão secular.
E o motivo?
Ele já não sabia…
Relatamos essa história como ilustração do que queremos dizer:
  • Muitas obsessões podem durar séculos.
  • Muitas obsessões se originam por traições: entre amigos, desertores de seitas, mulheres infiéis, maridos que enganam suas esposas. Nesses casos, os espíritos que se sentem traídos buscam, através do tempo, vingar-se de suas traidores me dolorosos processos de perseguição.
  • Obsessões também se iniciam por humilhações. Quantos chefes, gerentes e donos de empresas, valendo-se da bobagem de uma situação hieráquica de poder, sempre passageiro, não humilham seus comandados, seus empregados?
    São os humilhados de hoje que, infelizemente, acabam algumas vezes, por tornarem-se os obsessores de amanhã.
  • Obsessões também têm origem no sexo desvairado, em cumplices de vicios, em seres enlouquecidos pela paixão, acreditando que AMAM determinada pessoa e ela o pertence.
    A obsessão causada pelo “amor” enlouquecido é tão terrível e angustiante quanto aquelas causadas pelo ódio.
Enfim, na gênese, na origem da obsessão espiritual, há sempre alguém que sentiu agredido, roubado, traído, humilhado ou até mesmo preterido. Esse ser, sentindo-se vitimado busca vingança. E mais intensa e covarde é a vingança quando a criatura desencarna, por que já não pode mais ser visto e assim, pode perturbar, influenciar, agredir, sem que se de conta de sua nefasta presença.
É por isso que reafirmamos: Quando a humanidade compreender que há uma vida espiritual, que não morremos e, principalmente, continuamos interagindo com a vida física, mesmo após a morte, a Medicina irá revolucionar os seus tratamentos e o nosso planeta poderá avançar um pouco mais, na direção de seu progresso na equação celeste, diminuindo a dor e promovendo a alegria, verdadeira, e estimulando o progresso e a bondade dos homens, em nosso planetinha tão difícil.
Fonte Blog do Ylen

Obsessão : Como agem os espíritos obsessores



Neste artigo falaremos sobre como agem os Espíritos Perturbadores, comumente chamados de Obsessores.
A primeira coisa que precisamos ter em mente, para melhor compreendermos os mecanismos de ação, utilizados nos processos obsessivos, é que o Obsessor está ligado ao seu desafeto por razoes emocionais, seja por ódio, por desejo de vingança ou até mesmo por sentir-se desprezado ou traído por este, como falamos no artigo anterior.
Dessa forma, tomado pelo ódio, em um simples e automático processo de sintonia vibratória, o Obsessor é atraído, inconsciente, para junto daquele que é o objeto de suas angústias. Basta isso, ou seja, a presença de um espírito carregado de energias profundamente perturbadoras para prejudicar o obsediado.
Ora, a Obsessão Espiritual, ou seja, a perturbação causada por um espírito obsessor, só é possível por que aquele que hoje é a vítima, o obsediado, no passado foi o agressor, foi o motivador do erro. É comum as pessoas chegarem às casas espíritas pedindo para que tirem o obsessor de perto dele, porfque estão com “encosto”…
Outros se dizem vítimas de espíritos maus.
Essas pessoas não atinam para o fato de que na vida, na Lei de Deus, nada é por acaso e que a toda ação corresponde uma reação, de mesma força e intensidade, mas de direção contrária. Como diz o ditado: Onde está a dívida e o devedor, ai estará o cobrador.
Assim, o Agressor de hoje foi o agredido de ontem. Alguém precisa iniciar o movimento do Perdão e elevar-se, do contrário ambos permanecerão ligados pelo mesmo padrão vibratório, qual seja, o do ódio.

Para obsediar, basta a simples presença do obsessor junto de sua vítima

Como dizíamos a dois parágrafos atrás, uma vez que ambos os seres estão sintonizados pelo mesmo padrão vibratório, aquele que está mergulhado no corpo de carne começará a captar as emissões de ódio do seu perseguidor e, a depender de sua conduta moral e mental, essa captação poderá trazer desordens graves ao funcionamento de seu organismo físico.
Muitas dores de cabeça, úlceras gátricas, hipertensão arterial, distonias, angústias, depressões, nervosismos, dificuldades de raciocínio e de avaliação, de resolução de problemas, são daí derivados.
A Síndrome de Pânico, uma dos mais terríveis transtornos mentais de nosso tempo, são causados em mais de 80%, pela presença de um (ou vários) espírito(s) perturbado(s) jungidos ao paciente, que passa a captar o desespero, o medo, o terror e as imagens perturbadoras daqueles sofredores que passam a invadir a sua casa mental.
Portanto, o primeiro mecanismo de ação de uma obsessão é a simples presença do obsessor.
Aqui convém um pequeno esclarecimento: Convivendo com médiuns e mediunidade por um bom tempo, podemos dizer com segurança, que muitas pessoas que sofrem de problemas mentais, ditos transtornos, são muitas vezes pessoas dotadas de mediunidade, simplesmente. Além disso, esses mesmos médiuns, por terem uma sensibilidade espiritual tão grande, muitas vezes não estão sendo obsediadas. Pelo menos não o estão propositalmente. O que ocorre é que muitos espíritos sentem-se atraídos, inconscientemente, para junto desses sensitivos, por se sentirem um pouco melhor ao lado delas. Dessa forma, aquela pessoa, dotada de sensibilidade mediúnica, passa a captar o campo vibratório do pobre sofredor espiritual e, claro, refletir em seu organismo aquela perturbação.
O que nos leva a sempre recomendar: Você é médium?  Então frequente com regularidade uma casa espírita e dedique-se, com amor, à tarefa de socorro aos espíritos necessitados.

Fonte Blog do Ylen

19 de jan. de 2011

Morrendo para viver

Conta-se que, no tempo de Buda, uma jovem chamada Kisa Gotami sofrera uma série de tragédias. Primeiro foi seu marido que morreu, depois um outro familiar.

Tudo que lhe restava era seu único filho. Logo ele também adoeceu e morreu. Lamentando-se de dor, ela tomou nos braços o corpo do filho morto e passou a carregá-lo por toda parte, pedindo ajuda.

Deveria haver, em algum lugar, alguém ou algo, um remédio, uma poção que o trouxesse de volta à vida.

Sua busca, no entanto, se mostrou infrutífera. Até que ela se achegou frente a Buda, que estava ensinando em um bosque.

Aproximando-se, suplicou em pranto para que ele trouxesse seu filho de volta à vida.

Buda, de imediato, concordou. Disse-lhe, contudo, que ela precisava lhe trazer um punhado de sementes de mostarda. Com um detalhe muito importante. Deveria obter as sementes de uma família onde ninguém tivesse morrido. Nem pai, nem mãe, nem esposo, nem filho ou amigo.

A jovem voltou correndo para a vila. Na primeira casa que entrou e explicou a sua tragédia, logo recebeu as sementes. Quando se retirava, lembrou-se de perguntar se alguém morrera naquela casa.

Sim, disseram eles. Foi no ano passado.

Ela saiu a correr. Entrou na casa ao lado. E na outra. E outra mais. Em todas, alguma morte havia ocorrido. Era uma tia, um filho amado, uma filha recém-nascida. Um pai amoroso. Uma mãe carinhosa.

O que quer dizer que, depois de uma longa busca, ela não encontrou nenhum lar que não tivesse entrado em contato com a morte.

Debruçando-se de dor, deu-se conta de que o que acontecera a ela e ao seu filho, acontece a todos. Todos os que nascem, morrem um dia.

Então, carregou o corpo do filho morto até onde estava Buda e lá o enterrou.

Depois, curvou-se diante de Buda e pediu que ele lhe ensinasse as coisas que lhe trouxessem sabedoria e refúgio, neste mundo onde se nasce e se morre.

Os ensinamentos de Buda calaram profundamente em seu coração e ela iniciou a importante atitude de educar-se para a morte.

* * *
Na qualidade de pais, nos preocupamos bastante em educar os nossos filhos, desejando vê-los se tornarem cidadãos produtivos e honrados.

O nosso é o anseio de os ver progredir, alcançar êxito na vida, sucesso em suas carreiras profissionais. Tornarem-se pais e mães conscientes.

Tudo muito louvável. Mas seria bastante oportuno que nos lembrássemos de os preparar, desde a infância, para a realidade da morte.

Isto porque o encontro com a morte é certo. Informá-los a respeito do que ela significa e afastar o terror de a enfrentar, acenando-lhes com a vida imortal é sinal de previdência e sabedoria.

* * *
É curioso notar que em nosso tempo cuidamos da educação para a vida e esquecemos de que vivemos para morrer.

A morte é o nosso fim inevitável e, no entanto, chegamos a ela sem o menor preparo.

Quem primeiro cuidou da educação para a morte, em nosso tempo, demonstrando a necessidade do homem aprender a morrer, foi o mestre francês Allan Kardec.

Por anos seguidos, ele falou a respeito com os Espíritos dos chamados mortos e, em agosto de 1865, lançou uma obra que descreve a situação dos Espíritos no plano espiritual.

Chama-se O céu e o inferno - a Justiça Divina segundo o Espiritismo.

Não deixe de ler este livro,que considero um dos mais importantes para a humanidade.

18 de jan. de 2011

Orações e pedidos como fazer?


Nossa Senhora Mística Da Luz




É possível fazer pedidos através de orações ou simplesmente mentalizando durante nossa vida e também quando estamos lá do outro lado. Você pode pedir a Deus, aos santos, aos anjos, aos espíritos de amigos, familiares e até mesmo a todos os espíritos bons que estejam próximos de você no momento.
Na verdade não importa para quem você pede. Seu pedido pode ser atendido por qualquer espírito bom. Lá do outro lado todos que trabalham pelo bem trabalham em conjunto, como se todos fossem um só. Ninguém se preocupa em receber os méritos das boas ações praticadas.
Em todas as colônias existentes sobre as cidades, encontramos departamentos específicos com equipes encarregadas de ouvir e registrar cada pedido.
Os pedidos podem chegar de duas formas nas colônias. Quando a pessoa possui muita fé o pedido é recebido diretamente na colônia espiritual mais próxima, normalmente sobre a cidade onde se está. Por isto é comum que se solicite orações às pessoas conhecidas que você sente mais fé.
Quando se faz o pedido sem fé este pode ser ouvido por espíritos bons que estejam próximos (podem estar a quilômetros de distância). Estes espíritos se encarregam de transmitir o pedido a colônia.
Na colônia o pedido é classificado em dois tipos: os pedidos viáveis e os inviáveis. Os viáveis serão analisados e poderão ser atendidos em sua totalidade ou parcialmente. Os inviáveis não são atendidos.
Exemplo de pedidos que são descartados por serem considerados inviáveis:
Pedido para ganhar em loterias e jogos de azar. Pedidos para que seu time preferido seja campeão. Pedido para que não descubram algum erro que você cometeu. Pedido para não estar grávida em uma situação de suspeita. Pedido para morrer. Pedidos que prejudiquem terceiros.
Exemplo de pedidos viáveis que são analisados e atendidos parcialmente ou totalmente:
Pedido de saúde. Pedido de cura de doenças. Pedido para amenizar sofrimentos. Pedido para eliminar vícios. Pedidos para se adquirir virtudes que não se tem. Pedidos para eliminar defeitos morais. Pedidos de força, paciência, sabedoria, justiça, paz, compaixão, etc. Podemos pedir por nós e também para outras pessoas. Pedir pelo próximo é considerado uma caridade e conta pontos positivos para quem pede.
Existem casos em que os pedidos são atendidos imediatamente. É o caso de alguém que sofre em seus momentos de morte e pede socorro, acolhimento, diminuição dos sofrimentos. O socorro logo virá para tentar ajudar. Alguns pedidos podem demorar algum tempo para serem atendidos já que para tudo existe um tempo certo. Nem sempre o que se pede hoje é o melhor para nós.
Um exemplo de pedido atendido parcialmente: É o caso do homem com câncer em fase terminal. Reza pedindo a Deus a cura. Como o momento de partir era aquele, nada poderia ser feito para recuperar o corpo e mantê-lo vivo. Mas o pedido é atendido parcialmente quando um equipe de socorro atende o enfermo o confortando, o tranqüilizando e transformando a inevitável morte em uma passagem tranqüila e sem sofrimentos maiores.
Grande parte dos pedidos é realizada dentro de igrejas, templos, cemitérios e no lar das pessoas. Nos locais onde são realizados cultos, missas, encontros religiosos das mais diversas religiões sempre existem numerosos espíritos bons preparados para ouvir os pedidos de ajuda. Estes espíritos estão sempre dispostos a ajudar e se sentem felizes fazendo isto. É o caso da basílica de Nossa Senhora de Aparecida que recebe milhares de pessoas por mês. Muitos são os espíritos seguidores de Maria que lá estão para ouvir e ajudar quem necessite, deseja e mereça receber ajuda. Espíritos maldosos vindos do Umbral tentam atrapalhar o trabalho dos espíritos bons, mas são repelidas por equipes destinadas as proteções dos fiéis e peregrinas.
Muitos pedidos chegam com promessas embutidas. No caso do pedido ser realizado a pessoa fica comprometida a realizar alguma tarefa ou penitência. Fazer promessas é absolutamente desnecessário. Os espíritos bons, os santos e Deus não pedem e não exigem nada em troca na hora de ajudar. É mesquinho acreditar que a relação entre homens e santos ocorre como uma negociação primitiva, onde eu te peço isso, e em troca eu te dou aquilo.
Existem pessoas que ao não cumprirem uma determinada promessa após ter sido realizado seu pedido, entram em crise, em depressão. Muitos morrem e continuam se sentindo mal por não ter cumprido a promessa. Quando se promete o único que se sente afetado é quem prometeu. Deus não pede nada em troca das coisas boas que faz, pois as boas coisas só são feitas quando o espírito ou a pessoa são merecedores devido ao arrependimento, a vontade de evoluir ou ao bem que já tem feito ao próximo.
Existem religiões afro-brasileiras que invocam espíritos de baixa vibração solicitando ajuda em troca de favores. Na maioria das vezes é oferecido alimentos, bebidas, cigarros, charutos e perfumes, em troca de determinado trabalho. Estes espíritos de baixo nível e ainda muito ligados a vida na Terra, sugam as energias destes presentes e se satisfazem com isto. Em troca tentam realizar o pedido e às vezes podem obter sucesso quando a vítima é uma pessoa de baixa vibração, ligadas a sentimentos como a raiva, vingança, egoísmo, vaidade, etc.
Nossa Senhora é o espírito de luz que mais recebe pedidos. Existem legiões de espíritos bons que trabalham como anjos de Maria atendendo quando possível as solicitações dos seus fiéis. Existem livros psicografados que relatam a existência de uma cavalaria de bons espíritos que percorrem o Umbral em busca de pessoas que pedem ajuda a Nossa Senhora.
Em resumo, antes de pedir devemos nos esforçar para atingir nossas metas. Quando fizemos o possível podemos e devemos pedir ajuda através de uma oração ou meditação. Este pedido pode ser feito a Deus, aos santos, aos anjos, aos espíritos bons. Se for um pedido viável, se você for merecedora e se o pedido irá trazer benefícios para você, ele é atendido ou parcialmente atendido. Somente os pedidos feitos com fé chegam até os locais responsáveis nas colônias. Os feitos sem fé podem ser recebidos por espíritos próximos que farão o pedido para você usando de fé. Não é necessário fazer promessas dando algo em troca quando o pedido é realizado. Só se pede reconhecimento e gratidão pelo pedido alcançado. E isto pode ser feito com uma oração de agradecimento com fé.

15 de jan. de 2011

Desencarne Coletivo


É o desencarne que ocorre em acidentes e catástrofes de toda sorte, que vitimam pequeno ou grande número de criaturas. Ocorre porque um grupo ou grupos de espíritos comprometidos com um mesmo débito ou com débitos semelhantes, em reencarnações pregressas, se associam, ainda na espiritualidade, antes do renascimento, com a finalidade de realizar "trabalho redentor em resgates coletivos".
Por estar relacionado a experiências evolutivas, o desencarne coletivo é previsto por entidades Benfeitoras Espirituais, que acolhem os desencarnantes imediatamente, muitas vezes em postos de socorro por eles montados através da vontade/pensamento, na própria região da catástrofe ou desastre.
O resgate de nossas ações contrárias à Lei Divina, ao bem e ao amor pode ocorrer de várias formas, inclusive coletivamente. O objetivo, segundo "O Livro dos Espíritos", questão 737, é “fazê-lo avançar mais depressa” e as calamidades “são freqüentemente necessárias para fazerem com que as coisas cheguem mais prontamente a uma ordem melhor, realizando-se em alguns anos o que necessitaria de muitos séculos”. Além disso (questão 740), “são provas que proporcionam ao homem a ocasião de exercitar a inteligência, de mostrar sua paciência e sua resignação ante a vontade de Deus, ao mesmo tempo em que lhe permitem desenvolver os sentimentos de abnegação, de desinteresse próprio e de amor ao próximo”.
E assim, entendemos o sentimento de solidariedade que essas calamidades despertam, auxiliando todos a desenvolver o amor. O importante para os mais diretamente envolvidos, para que tenham o progresso devido, como está dito em "O Evangelho Segundo o Espiritismo", capítulo 14, item 9, é “não falir pela murmuração”, pois “as grandes provas são quase sempre um indício de um fim de sofrimento e de aperfeiçoamento do Espírito, desde que sejam aceitas por amor a Deus”.
Nesta frase selecionada no "O Evangelho Segundo o Espiritismo", está uma informação de cabal importância: indício de aperfeiçoamento do espírito. E qual seria o objetivo prático de tudo isso e como esses fatos atuam em nosso progresso, com que finalidade?
A resposta está na Lei do Progresso, que determina ao homem o progresso incessante, sem retrocesso, no campo intelectual e moral; cada um há seu tempo, seguindo seu ritmo próprio, sendo que “se um povo não avança bastante rápido, Deus lhe provoca, de tempo em tempos, um abalo físico ou moral que o transforma” ("O Livro dos Espíritos", questão 783).
Como vemos, o progresso se faz, sempre, e quando estamos atravancando-o, Deus, em sua infinita bondade e justiça, lança mão de instrumentos que nos impulsionem à frente. O objetivo é nos levar a cumprir a escala evolutiva, saindo de nossa condição de Espíritos imperfeitos moralmente para a de espíritos regenerados, até atingirmos a condição de Espíritos puros.
Essa transposição de imperfeito moralmente para regenerado marca a atual fase de transição que vivenciamos, plena de flagelos destruidores, de calamidades, de acidentes com grande número de mortos.
Nos evangelhos segundo Mateus, Marcos e João, há várias referências aos sinais precursores de uma transformação no estado moral do Planeta, caracterizada pelo anúncio de calamidades diversas que atingirão a humanidade e dizimarão grande número de pessoas, para que, na seqüência, ocorra o reinado do bem, sejam instituídas a paz e a fraternidade universal, confirmando a predição de que após os dias de aflição virão os dias de alegria.
O que é anunciado nessas passagens evangélicas não é o fim do mundo de forma absoluta e real, mas o fim deste mundo que conhecemos, em que o mal aparentemente se sobrepõem ao bem, e, como afirma Allan Kardec em "A Gênese", capítulo 17, item 58, “o fim do velho mundo, do mundo governado pela incredulidade, pela cupidez e por todas as más paixões a que o Cristo alude”.
Para que esse novo mundo se instale ("A Gênese", capítulo 18), é fundamental que a população seja preparada para habitá-lo. Para tanto, teremos, todos nós, de equacionar alguns problemas de nosso passado, construindo nosso progresso moral.
Não há transformação sem crise, e catástrofes e cataclismos são crises que agitam a humanidade, despertando-a para a solidariedade, a fraternidade, o bem.
Temos, então, de ver a humanidade como “um ser coletivo no qual se operam as mesmas revoluções morais que em cada ser individual” ("A Gênese", capítulo 18 item 12).
Nesse contexto, a fraternidade será a pedra angular da nova ordem social, com o progresso moral, secundado pelo progresso da inteligência assegurando a felicidade dos homens sobre a Terra.
Para que possamos habitar esse novo mundo, não temos de nos renovar integralmente. Segundo Kardec ("A Gênese", capítulo 18 item 33), “basta uma modificação nas disposições morais”, e, para isso, temos de equacionar débitos do passado e nos conscientizarmos de nossa condição de espíritos imortais perfectíveis, em fase de desenvolvimento de nossas potencialidades.
Como forma de acelerar esse processo de modificação da disposição moral, a presente fase é marcada pela multiplicidade das causas de destruição, até como forma de estimular em nós o desenvolvimento de nossas potencialidades no bem, pois “o mal de hoje há de ser o bem de amanhã. Somente a educação do Espírito poderá libertá-lo do mal, dando-lhe condições de alçar os mais altos vôos no plano infinito da vida. O importante em tudo isso é mantermos a serenidade, olharmos para a frente, divisarmos o futuro, pois “a marcha do Espírito é sempre crescente e ascendente. É preciso descobrir quanto bem se é capaz de fazer agora para que o próprio crescimento não se detenha” (Portásio).
Em todo ser humano, como ressalta o Espírito Clelie Duplantier, em "Obras Póstumas", “há três caracteres: o do indivíduo ou do ente em si mesmo, o do membro da família e o do cidadão. Sob cada uma dessas três fases, pode ele ser criminoso ou virtuoso; isto é, pode ser virtuoso como pai de família e criminoso como cidadão, e vice-versa”.
Além disso, pode-se admitir como regra geral que todos os que se ligam numa existência por empenhos comuns, já viveram juntos, trabalhando para o mesmo fim e se encontrarão no futuro, até expiarem o passado ou cumprirem a missão que aceitaram.
O papel de cada um
Essas calamidades – se olharmos para elas sob o ponto de vista espiritual, fundamentando nossa reflexão nos princípios da Doutrina Espírita – têm, portanto, objetivos saneadores que, conforme Joanna de Ângelis, removem as pesadas cargas psíquicas existentes na atmosfera e significam a realização da justiça integral, pois a Justiça Divina, para nosso reequilíbrio, recorre a métodos purificadores e liberativos, de que não nos podemos furtar.
Assim, tocados pelas dores gerais, ajudemo-nos e oremos, formando a corrente da fraternidade e estaremos construindo a coletividade harmônica, sempre lembrando a advertência do Espírito Hammed: “a função da dor é ampliar horizontes para realmente vislumbrarmos os concretos caminhos amorosos do equilíbrio. Como o golpe ao objeto pode ser modificado, repensa e muda também tuas ações, diminuindo intensidades e freqüências e recriando novos roteiros em sua existência”. Desse modo, estaremos utilizando nossos problemas como ferramenta evolutiva, não nos perdendo em murmurações, mas utilizando nosso livre-arbítrio como patrimônio.
O progresso de todos os seres da criação é o objetivo de tudo que acontece Tenhamos a consciência desperta e procuremos entender o mundo à nossa volta, cientes de que a solidariedade é o verdadeiro laço social, não só para o presente, mas, como está em "Obras Póstumas", “estende-se ao passado e ao futuro, pois que os mesmos indivíduos se encontram e se encontrarão para juntos seguirem as vias do progresso, prestando mútuo concurso. Eis o que faz compreender o Espiritismo pela equitativa lei da reencarnação e da continuidade das relações entre os mesmos seres”.
E mais: Graças ao Espiritismo, compreende-se hoje a justiça das provações desde que as consideremos uma amortização de débitos do passado. As faltas coletivas devem ser expiadas coletivamente pelos que juntos as praticaram, e os mentores estão sempre trabalhando, ajudando a todos nós, reunindo-nos em grupos de forma a favorecer a correção de rumo, amparando-nos e nos fortalecendo para darmos conta daquilo a que nos propomos, além de nos equilibrarem para podermos auxiliar o outro com nossos pensamentos positivos, nossos.


PARTE TERCEIRA  DO LIVRO DOS ESPÍRITOS 
CAPÍTULO VI     *DA LEI DE DESTRUIÇÃO*
 
*Flagelos destruidores*
737. Com que fim fere Deus a Humanidade por meio de flagelos destruidores?
"Para fazê-la progredir mais depressa. Já não dissemos ser a destruição ma necessidade para a regeneração moral dos Espíritos, que, em cada ova existência, sobem um degrau na escala do aperfeiçoamento? Preciso é que se veja o objectivo, para que os resultados possam ser apreciados.
Somente do vosso ponto de vista pessoal os apreciais; daí vem que os qualificais de flagelos, por efeito do prejuízo que vos causam. Essas subversões, porém, são frequentemente necessárias para que mais pronto se dê o advento de uma melhor ordem de coisas e para que se realize em alguns anos o que teria exigido muitos séculos." (744)
738. Para conseguir a melhora da Humanidade, não podia Deus empregar outros meios que não os flagelos destruidores?/
"Pode e os emprega todos os dias, pois que deu a cada um os meios de progredir pelo conhecimento do bem e do mal. O homem, porém, não se aproveita desses meios. Necessário, portanto, se torna que seja castigado no seu orgulho e que se lhe faça sentir a sua fraqueza."
a) - /Mas, nesses flagelos, tanto sucumbe o homem de bem como o perverso. Será justo isso?
"Durante a vida, o homem tudo refere ao seu corpo; entretanto, de maneira diversa pensa depois da morte. Ora, conforme temos dito, a vida do corpo bem pouca coisa é. Um século no vosso mundo não passa de um relâmpago na eternidade. Logo, nada são os sofrimentos de alguns dias ou de alguns meses, de que tanto vos queixais. Representam um ensino que se vos dá e que vos servirá no futuro. Os Espíritos, que preexistem e sobrevivem a tudo, formam o mundo real (85). Esses os filhos de Deus e o objeto de toda a Sua solicitude. Os corpos são meros disfarces com que eles aparecem no mundo. Por ocasião das grandes calamidades que dizimam os homens, o espectáculo é semelhante ao de um exército cujos soldados, durante a guerra, ficassem com seus uniformes estragados, rotos, ou perdidos. O general se preocupa mais com seus soldados do que com os uniformes deles."
b) - Mas, nem por isso as vítimas desses flagelos deixam de o ser.
"Se considerásseis a vida qual ela é e quão pouca coisa representa com relação ao infinito, menos importância lhe daríeis. Em outra vida, essas vítimas acharão ampla compensação aos seus sofrimentos, se souberem suportá-los sem murmurar.
" Venha por um flagelo a morte, ou por uma causa comum, ninguém deixa por isso de morrer, desde que haja soado a hora da partida. A única diferença, em caso de flagelo, é que maior número parte ao mesmo tempo.
Se, pelo pensamento, pudéssemos elevar-nos de maneira a dominar a Humanidade e abrangê-la em seu conjunto, esses tão terríveis flagelos não nos pareceriam mais do que passageiras tempestades no destino do mundo.
739. Têm os flagelos destruidores utilidade, do ponto de vista físico, não obstante os males que ocasionam?
"Têm. Muitas vezes mudam as condições de uma região. Mas, o bem que deles resulta só as gerações vindouras o experimentam."
740. Não serão os flagelos, igualmente, provas morais para o homem, pondo-o a braços com as mais aflitivas necessidades?
"Os flagelos são provas que dão ao homem ocasião de exercitar a sua inteligência, de demonstrar sua paciência e resignação ante a vontade de Deus e que lhe oferecem ensejo de manifestar seus sentimentos de abnegação, de desinteresse e de amor ao próximo, se o não domina o egoísmo."
741. Dado é ao homem conjurar os flagelos que o afligem?
"Em parte, é; não, porém, como geralmente o entendem. Muitos flagelos resultam da imprevidência do homem. À medida que adquire conhecimentos e experiência, ele os vai podendo conjurar, isto é, prevenir, se lhes sabe pesquisar as causas. Contudo, entre os males que afligem a Humanidade, alguns há de carácter geral, que estão nos decretos da Providência e dos
quais cada indivíduo recebe, mais ou menos, o contragolpe. A esses nada pode o homem opor, a não ser sua submissão à vontade de Deus. Esses mesmos males, entretanto, ele muitas vezes os agrava pela sua negligência."
Na primeira linha dos flagelos destruidores, naturais e independentes do homem, devem ser colocados a peste, a fome, as inundações, as intempéries fatais às produções da terra. Não tem, porém, o homem encontrado na Ciência, nas obras de arte, no aperfeiçoamento da agricultura, nos afolhamentos e nas irrigações, no estudo das condições higiênicas, meios de impedir, ou, quando menos, de atenuar muitos desastres? Certas regiões, outrora assoladas por terríveis flagelos, não
estão hoje preservadas deles? Que não fará, portanto, o homem pelo seu bem-estar material, quando souber aproveitar-se de todos os recursos da sua inteligência e quando aos cuidados da sua conservação pessoal,
souber aliar o sentimento de verdadeira caridade para com os seus semelhantes? (707)  O Livro dos Espíritos /Allan Kardec
Oremos pelos nossos irmãos que vivem o desespero das enchentes no Rio em São Paulo e Minas.
Força meu povo Deus ainda é conosco sempre!