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“Como a abelha que colhe o mel de diversas flores, a pessoa sábia aceita a essência das diversas crenças e vê somente o bem em todas as religiões”

31 de jul. de 2011

Previsões de Chico Xavier a respeito da grande Transição Planetaria:





Folha Espirita - Maio 2011
Entrevista de Geraldo Lemos Neto por Marlene Nobre.

Em razão da gravidade do assunto, trazemos aos leitores da Folha Espírita a revelação feita pelo mais importante médium da história humana, Francisco Cândido Xavier, a Geraldo Lemos Neto, fundador da Casa de Chico Xavier, de Pedro Leopoldo (MG), e da Vinha de Luz Editora, de Belo Horizonte (MG), em 1986, sobre o futuro que está reservado ao planeta Terra e a todos os seus habitantes nos próximos anos.
“Há muito tempo carrego este fardo comigo e sempre me preocupei no sentido de que Chico Xavier não me falaria tudo o que relato nesta edição da Folha Espírita à toa, senão com uma finalidade específica. Na ocasião da conversa que descrevo nas páginas seguintes, senti que minha mente estava recebendo um tratamento mnemônico diferente para que não viesse a esquecer aquelas palavras proféticas, e que, em momento oportuno do futuro, eu seria chamado a testemunhá-las.

Estou aqui na condição de um carteiro, ou melhor dizendo, de um mensageiro de um cartório de notas a quem fosse confiada a tarefa de entregar determinada notificação por ordem de uma autoridade superior. Consciente da importância do que me foi confiado às mãos, entrego-o hoje em sua completude aos nossos irmãos em humanidade, na certeza de que estou cumprindo um dever e nada mais. O seu conteúdo não foi lavrado por mim e sim pelo maior médium que a humanidade conheceu desde os tempos do Cristo, que é Chico Xavier. Guardo a certeza de que o médium, por sua vez, o receberá por parte da Grande  Comunidade dos Praticantes do Evangelho de Jesus no Mais Além.”
Ano-limite do mundo velho

Por Marlene Nobre

O tema da transformação da Terra de mundo de expiação e provas para mundo de regeneração, levantado pelo próprio codificador da Doutrina Espírita, Allan Kardec, sempre interessou e intrigou Geraldo Lemos Neto, fundador da Casa de Chico Xavier, de Pedro Leopoldo (MG).
Com 19 anos de idade, já tendo lido e estudado toda a obra de Kardec, conheceu o médium Chico Xavier, amigo da família desde os tempos de sua meninice em Pedro Leopoldo. “Naquela época, como já havia ouvido inúmeros casos relativos a sua mediunidade e caridade para com o próximo, tinha muita vontade de conhecê-lo e ouvi-lo pessoalmente, o que de fato ocorreu em outubro de 1981, em São Paulo”, lembra Lemos Neto. A partir daquele primeiro encontro, uma grande afinidade os ligou, conforme conta o que fez com que o também fundador da Editora Vinha de Luz o visitasse regularmente em Uberaba (MG), acompanhado de familiares.
Em 1984 Lemos Neto casou-se com Eliana, irmã de Vivaldo da Cunha Borges, que morava com Chico Xavier desde 1968 e diagramava todos os seus livros. A partir de então, passou a desfrutar de uma intimidade maior com Chico em Uberaba, visitando-o com mais frequência e hospedando-se em sua residência. “Posso dizer que essa época foi para meu coração um verdadeiro tesouro dos céus”.
Recordo-me até hoje daqueles anos de convivência amorosa e instrutiva na companhia do sábio médium e amigo com profunda gratidão a Deus, que me permitiu semelhante concessão por acréscimo de Sua Misericórdia Infinita. Assim, tive a felicidade de conviver na intimidade com Chico Xavier, dialogando com ele vezes sem conta, madrugada a dentro, sobre variados assuntos de nossos interesses comuns, notadamente sobre esclarecimentos palpitantes acerca da Doutrina dos Espíritos e do Evangelho de Jesus”, recorda.
 Um desses temas, como lembra Lemos Neto foi em relação ao Apocalipse, do Novo Testamento. “Sempre me assombrei com o tema, relatando a Chico Xavier minha dificuldade de entender o livro sagrado escrito pela mediunidade de João Evangelista. Desde então, em nossos colóquios, Chico Xavier tinha sempre uma ou outra palavra esclarecedora sobre o assunto, pontuando esse ou aquele versículo e fazendo-me compreender, aos poucos, o momento de transição pelo qual passa o nosso orbe planetário, a caminho da regeneração”, afirma.
 Foi em uma dessas conversas habituais, lembrando o livro de sua psicografia, Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho, escrito pelo espírito Humberto de Campos, que Lemos Neto externou ao médium sua dúvida quanto ao título do livro, uma vez que ainda naquela ocasião, em meados da década de 80, o Brasil vivia às voltas com a hiperinflação, a miséria, a fome, as grandes disparidades sociais, o descontrole político e econômico, sem falar nos escândalos de corrupção e no atraso cultural.
“Lembro-me, como hoje, a expressão surpresa do Chico me respondendo:
‘Ora, Geraldinho, você está querendo privilégios para a Pátria do Evangelho, quando o fundador do Evangelho, que é Nosso Senhor Jesus Cristo, viveu na pobreza, cercado de doentes e necessitados de toda ordem, experimentou toda a sorte de vicissitudes e perseguições para ser supliciado quase abandonado pelos seus amigos mais próximos e morrer crucificado entre dois ladrões? Não nos esqueçamos de que o fundador do Evangelho atravessou toda sorte de provações, padeceu o martírio da cruz, mas depois ele largou a cruz e ressuscitou para a Vida Imortal! Isso deve servir de roteiro para a Pátria do Evangelho.
Um dia haveremos de ressuscitar das cinzas de nosso próprio sacrifício para demonstrar ao mundo inteiro a imortalidade gloriosa!’”, esclareceu.

Sobre essas e outras revelações feitas a ele por Chico Xavier sobre fatos relacionados ao ano em que se dará a grande transformação do nosso planeta, Lemos Neto fala mais abaixo:

Folha Espírita – No livro A Caminho da Luz, nosso benfeitor Emmanuel já havia previsto que no século XX haveria mais uma reunião dos Espíritos Puros e Eleitos do Senhor, a fim de decidirem quanto aos destinos da Terra. A reunião aconteceu e a ela compareceram Chico e Emmanuel – os missionários que trabalham abnegadamente, por séculos a fio, em favor da renovação humana. Quais os resultados dessa reunião?

Geraldo Lemos Neto – Na sequência da nossa conversa, perguntei ao Chico o que ele queria exatamente dizer a respeito do sacrifício do Brasil.
Estaria ele a prever o futuro de nossa nação e do mundo? Chico pensou um pouco, como se estivesse vislumbrando cenas distantes e, depois de algum tempo, retornou para dizer-nos: “Você se lembra, Geraldinho, do livro de Emmanuel A Caminho da Luz? Nas páginas finais da narrativa de nosso benfeitor, no capítulo XXIV, cujo título é O Espiritismo e as Grandes Transições? Nele, Emmanuel afirmara que os espíritos abnegados e esclarecidos falavam de uma nova reunião da comunidade das potências angélicas do Sistema Solar, da qual é Jesus um dos membros divinos, e que a sociedade celeste se reuniria pela terceira vez na atmosfera terrestre, desde que o Cristo recebeu a sagrada missão de redimir a nossa humanidade, para, enfim, decidir novamente sobre os destinos do nosso mundo.
Pois então, Emmanuel escreveu isso nos idos de 1938 e estou informado que essa reunião de fato já ocorreu. Ela se deu quando o homem finalmente ingressou na comunidade planetária, deixando o solo do mundo terrestre para pisar pela primeira vez o solo lunar.
O homem, por seu próprio esforço, conquistou o direito e a possibilidade de viajar até a Lua, fato que se materializou em 20 de julho de 1969.
Naquela ocasião, o Governador Espiritual da Terra, que é Nosso Senhor Jesus Cristo, ouvindo o apelo de outros seres angelicais de nosso Sistema Solar, convocara uma reunião destinada a deliberar sobre o futuro de nosso planeta. O que posso lhe dizer, Geraldinho, é que depois de muitos diálogos e debates entre eles foram dadas diversas sugestões e, ao final do celeste conclave, a bondade de Jesus decidiu conceder uma última chance à comunidade terráquea, uma última moratória para a atual civilização no planeta Terra. Todas as injunções cármicas previstas para acontecerem ao final do século XX foram então suspensas, pela Misericórdia dos Céus, para que o nosso mundo tivesse uma última chance de progresso moral.
O curioso é que nós vamos reconhecer nos Evangelhos e no Apocalipse exatamente este período atual, em que estamos vivendo, como a undécima hora ou a hora derradeira, ou mesmo a chamada última hora.”

FE – Como você reagiu diante da descrição do que acontecerá, nessa reunião nas Altas Esferas?
Geraldinho – Extremamente curioso com o desenrolar do relato de Chico Xavier, perguntei-lhe sobre qual fora então as deliberações de Jesus, e ele me respondeu: “Nosso Senhor deliberou conceder uma moratória de 50 anos à sociedade terrena, a iniciar-se em 20 de julho de 1969, e, portanto, a findar-se em julho de 2019. Ordenou Jesus, então, que seus emissários celestes se empenhassem mais diretamente na manutenção da paz entre os povos e as nações terrestres, com a finalidade de colaborar para que nós ingressássemos mais rapidamente na comunidade planetária do Sistema Solar, como um mundo mais regenerado, ao final desse período.
Algumas potências angélicas de outros orbes de nosso Sistema Solar recearam a dilação do prazo extra, e foi então que Jesus, em sua sabedoria, resolveu estabelecer uma condição para os homens e as nações da vanguarda terrestre.
Segundo a imposição do Cristo, as nações mais desenvolvidas e responsáveis da Terra deveriam aprender a se suportarem umas às outras, respeitando as diferenças entre si, abstendo-se de se lançarem a uma guerra de extermínio nuclear. A face da Terra deveria evitar a todo custo a chamada III Guerra Mundial.
Segundo a deliberação do Cristo, se e somente se as nações terrenas, durante este período de 50 anos, aprendessem a arte do bom convívio e da fraternidade, evitando uma guerra de destruição nuclear, o mundo terrestre estaria enfim admitido na comunidade planetária do Sistema Solar como um mundo em regeneração. Nenhum de nós pode prever, Geraldinho, os avanços que se darão a partir dessa data de julho de 2019, se apenas soubermos defender a paz entre nossas nações mais desenvolvidas e cultas!”

FE – Quais são os acontecimentos que podemos prever com essas revelações para a Terra?
Geraldinho – Perguntei, então, ao Chico a que avanços ele se referia e ele me respondeu: “Nós alcançaremos a solução para todos os problemas de ordem social, como a solução para a pobreza e a fome que estarão extintas; teremos a descoberta da cura de todas as doenças do corpo físico pela manipulação genética nos avanços da Medicina; o homem terrestre terá amplo e total acesso à informação e à cultura, que se fará mais generalizada; também os nossos irmãos de outros planetas mais evoluídos terão a permissão expressa de Jesus para se nos apresentarem abertamente, colaborando conosco e oferecendo-nos tecnologias novas, até então inimagináveis ao nosso atual estágio de desenvolvimento científico;  haveremos de fabricar aparelhos que nos facilitarão o contato com as esferas desencarnadas, possibilitando a nossa saudosa conversa com os entes queridos que já partiram para o além-túmulo; enfim estaríamos diante de um mundo novo, uma nova Terra, uma gloriosa fase de espiritualização e beleza para os destinos de nosso planeta.”
Foi então que, fazendo às vezes de advogado do diabo, perguntei a ele: Chico, até agora você tem me falado apenas da melhor hipótese, que é esta em que a humanidade terrestre permaneceria em paz até o fim daquele período de 50 anos. Mas, e se acontecer o caso das nações terrestres se lançarem a uma guerra nuclear?
“Ah! Geraldinho, caso a humanidade encarnada decida seguir o infeliz caminho da III Guerra mundial, uma guerra nuclear de consequências imprevisíveis e desastrosas, aí então a própria mãe Terra, sob os auspícios da Vida Maior, reagirá com violência imprevista pelos nossos homens de ciência. O homem começaria a III Guerra, mas quem iria terminá-la seriam as forças telúricas da natureza, da própria Terra cansada dos desmandos humanos, e seríamos defrontados então com terremotos gigantescos; maremotos e ondas (tsunamis) consequentes; veríamos a explosão de vulcões há muito extintos; enfrentaríamos degelos arrasadores que avassalariam os polos do globo com trágicos resultados para as zonas costeiras, devido à elevação dos mares; e, neste caso, as cinzas vulcânicas associadas às irradiações nucleares nefastas acabariam por tornar totalmente inabitável todo o Hemisfério Norte de nosso globo terrestre.”

O que aconteceria especificamente com o Brasil?
Em certa ocasião, Geraldo Lemos Neto, fundador da Casa de Chico Xavier, de Pedro Leopoldo (MG), fez essa mesma pergunta a Chico Xavier.
Segundo o médium, “em todas as duas situações, o Brasil cumprirá o seu papel no grande processo de espiritualização planetária. Na melhor das hipóteses, nossa nação crescerá em importância sociocultural, política e econômica perante a comunidade das nações. Não só seremos o celeiro alimentício e de matérias-primas para o mundo, como também a grande fonte energética com o descobrimento de enormes reservas petrolíferas que farão da Petrobras uma das maiores empresas do mundo.” E prosseguiu Chico: “O Brasil crescerá a passos largos e ocupará importante papel no cenário global, isso terá como consequência a elevação da cultura brasileira ao cenário internacional e, a reboque, os livros do Espiritismo Cristão, que aqui tiveram solo fértil no seu desenvolvimento, atingirão o interesse das outras nações também. Agora, caso ocorra a pior hipótese, com o Hemisfério Norte do planeta tornando-se inabitável, grandes fluxos migratórios se formariam então para o Hemisfério Sul, onde se situa o Brasil, que então seria chamado mais diretamente a desempenhar o seu papel de Pátria do Evangelho, exemplificando o amor e a renúncia, o perdão e a compreensão espiritual perante os povos migrantes. A Nova Era da Terra, neste caso, demoraria mais tempo para chegar com todo seu esplendor de conquistas científicas e morais, porque seria necessário mais um longo período de reconstrução de nossas nações e sociedades, forçadas a se reorganizarem em seus fundamentos mais básicos.”

FE – Segundo Chico Xavier, esses fluxos migratórios seriam pacíficos?
Geraldinho - Infelizmente não. Segundo Chico me revelou, o que restasse da ONU acabaria por decidir a invasão das nações do Hemisfério Sul, incluindo-se aí obviamente o Brasil e o restante da América do Sul, a Austrália e o sul da África, a fim de que nossas nações fossem ocupadas militarmente e divididas entre os sobreviventes do holocausto no Hemisfério Norte. Aí é que nós, brasileiros, iríamos ser chamados a exemplificar a verdadeira fraternidade cristã, entendendo que nossos irmãos do Norte, embora invasores a “mano militare”, não deixariam de estar sobrecarregados e aflitos com as consequências nefastas da guerra e das hecatombes telúricas, e, portanto, ainda assim, devendo ser considerados nossos irmãos do caminho, necessitados de apoio e arrimo, compreensão e amor. Neste ponto da conversa, Chico fez uma pausa na narrativa e completou: “Nosso Brasil como o conhecemos hoje será então desfigurado e dividido em quatro nações distintas. Somente uma quarta parte de nosso território permanecerá conosco e aos brasileiros restarão apenas os Estados do Sudeste somados a Goiás e ao Distrito Federal. Os nortes americanos, canadenses e mexicanos ocuparão os Estados da Região Norte do País, em sintonia com a Colômbia e a Venezuela. Os europeus virão ocupar os Estados da Região Sul do Brasil unindo-os ao Uruguai, à Argentina e ao Chile. Os asiáticos, notadamente chineses, japoneses e coreanos, virão ocupar o nosso Centro-Oeste, em conexão com o Paraguai, a Bolívia e o Peru. E, por fim, os Estados do Nordeste brasileiro serão ocupados pelos russos e povos eslavos. Nós não podemos nos esquecer de que todo esse intrincado processo tem a sua ascendência espiritual e somos forçados a reconhecer que temos muito que aprender com os povos invasores. Vejamos, por exemplo: os norte-americanos podem nos ensinar o respeito às leis, o amor ao direito, à ciência e ao trabalho. Os europeus, de uma forma geral, poderão nos trazer o amor à filosofia, à música erudita, à educação, à história e à cultura.
Os asiáticos poderão incorporar à nossa gente suas mais altas noções de respeito ao dever, à disciplina, à honra, aos anciãos e às tradições milenares. E, então, por fim, nós brasileiros, ofertaremos a eles, nossos irmãos na carne, os mais altos valores de espiritualidade que, mercê de Deus, entesouramos no coração fraterno e amigo de nossa gente simples e humilde, essa gente boa que reencarnou na grande nação brasileira para dar cumprimento aos desígnios de Deus e demonstrar a todos os povos do planeta a fé na Vida Superior, testemunhando a continuidade da vida além-túmulo e o exercício sereno e nobre da mediunidade com Jesus.”

FE – O Brasil, embora sofrendo o impacto moral dessa ocupação estrangeira, estaria imune aos movimentos telúricos da Terra?
Geraldinho – Infelizmente, não. Segundo Chico Xavier, o Brasil não terá privilégios e sofrerá também os efeitos de terremotos e tsunamis, notadamente nas zonas costeiras. Acontece que, de acordo com o médium, o impacto por aqui será bem menor se comparado com o que sobrevirá no Hemisfério Norte do planeta.

FE – Por tudo que se depreende da fala de Chico Xavier, você também crê que a ida do homem à Lua, em julho de 1969, tenha precipitado de certa forma a preocupação com as conquistas científicas dos humanos, que poderiam colocar em risco o equilíbrio do Sistema Solar?
Geraldinho – Sim, creio que a revelação de Chico Xavier a respeito traz, nas entrelinhas, essa preocupação celeste quanto às possíveis interferências dos humanos terráqueos nos destinos do equilíbrio planetário em nosso Sistema Solar. Pelo que Chico Xavier falou, alguns dos seres angélicos de outros orbes planetários não estariam dispostos a nos dar mais este prazo de 50 anos, que vencerá daqui a apenas oito anos, temerosos talvez de nossas nefastas e perniciosas influências. Essa última hora bem que poderia ser por nós considerada como a última bênção misericordiosa de Jesus Cristo em nosso favor, uma vez que, pela explicação de Chico Xavier, foi ele, Nosso Senhor, quem advogou em favor de nossa causa, ainda uma vez mais.

FE – A reunião da comunidade celeste teria decidido algo mais, segundo a exposição de Chico Xavier?
Geraldinho – Sim. Outra decisão dos benfeitores espirituais da Vida Maior foi a que determinou que, após o alvorecer do ano 2000 da Era Cristã, os espíritos empedernidos no mal e na ignorância não mais receberiam a permissão para reencarnar na face da Terra. Reencarnar aqui, a partir dessa data, equivaleria a um valioso prêmio justo, destinado apenas aos espíritos mais fortes e preparados, que souberam amealhar, no transcurso de múltiplas reencarnações, conquistas espirituais relevantes como a mansidão, a brandura, o amor à paz e à concórdia fraternal entre povos e nações. Insere-se dentro dessa programação de ordem superior a própria reencarnação do mentor espiritual de Chico Xavier, o espírito Emmanuel, que, de fato, veio a renascer, segundo Chico informou a variados amigos mais próximos, exatamente no ano 2000. Certamente, Emmanuel, reencarnado aqui no coração do Brasil, haverá de desempenhar significativo papel na evolução espiritual de nosso orbe.
Todos os demais espíritos, recalcitrantes no mal, seriam então, a partir de 2000, encaminhados forçosamente à reencarnação em mundos mais atrasados, de expiações e de provas aspérrimas, ou mesmo em mundos primitivos, vivenciando ainda o estágio do homem das cavernas, para poderem purgar os seus desmandos e a sua insubmissão aos desígnios superiores. Chico Xavier tinha conhecimento desses mundos para onde os espíritos renitentes estariam sendo degredados. Segundo ele, o maior desses planetas se chamaria Kírom ou Quírom.

FE – Praticamente só nos restam oito anos pela frente. Emmanuel fala na entrevista da década de 1950, já publicada nestas páginas, que é urgente a transformação moral da humanidade. Qual deve ser a nossa conduta frente a revelações tão assustadoras e ao conselho do mentor?
Geraldinho – Então, caríssima Marlene, a última hora está de fato aí demonstrada. Basta termos “olhos de ver e ouvidos de ouvir”, segundo a assertiva de Jesus. É a nossa última chance, é a última hora... Não há mais tempo para o materialismo. Não há mais tempo para ilusões ou enganos imediatistas.
Ou seguiremos com a Luz que efetivamente buscarmos, ou nos afundaremos nas sombras de nossa própria ignorância. Que será de nós? A resposta está em nosso livre-arbítrio, individual e coletivo.
É a nossa escolha de hoje que vai gerar o nosso destino. Poderemos optar pelo melhor caminho, o da fraternidade, da sabedoria e do amor, e a regeneração chegará para nós de forma brilhante a partir de 2019; ou poderemos simplesmente escolher o caminho do sofrimento e da dor e, neste caso infeliz, teremos um longo período de reconstrução que poderá durar mais de mil anos, segundo Chico Xavier.
Entretanto, sejamos otimistas. Lembremo-nos que deste período de 50 anos já se passaram 42 anos em que as nações mais desenvolvidas e responsáveis do planeta conseguiram se suportar umas às outras sem se lançarem a uma guerra de extermínio nuclear.
Essa era a pré-condição imposta por Jesus. Até aqui seguimos bem, embora entre trancos e barrancos. Faltam-nos hoje apenas o percurso da última milha, os últimos oito anos deste período de exceção e misericórdia do Altíssimo. Oxalá prossigamos na melhor companhia!
Como poderemos facilmente concluir, tudo dependerá, em última análise, de nossas próprias escolhas, enquanto entidades individuais ou coletivas, para nosso progresso e ascensão espiritual. É o “A cada um será dado segundo as suas próprias obras!” que o Cristo nos ensinou.
Não estamos entregues à fatalidade nem predeterminados ao sofrimento. Estamos diante de uma encruzilhada do destino coletivo que nos une à nossa casa planetária, aqui na Terra.
Temos diante de nós dois caminhos a seguir. O caminho do amor e da sabedoria nos levará a mais rápida ascensão espiritual coletiva. O caminho do ódio e da ignorância acarretar-nos-á mais amplo dispêndio de séculos na reconstrução material e espiritual de nossas coletividades. Tudo virá de acordo com nossas escolhas de agora, individuais e coletivas. Oremos muito para que os Benfeitores da Vida Maior continuem a nos ajudar e incentivar a seguir pelo Caminho da Verdade e da Vida. O próprio espírito Emmanuel, através de Chico Xavier, respondendo a uma entrevista já publicada em livro nos diz que as profecias são reveladas aos homens para não serem cumpridas. São na realidade um grande aviso espiritual para que nos melhoremos e afastemos de nós a hipótese do pior caminho.

Compartilho com os leitores da Folha Espírita mensagem de nosso benfeitor espiritual Theophorus, psicografada por nosso intermédio, na noite de 14 de agosto de 2006 em reunião pública no Centro Espírita Luz, Amor e Caridade, de Belo Horizonte (MG). Com o título A Terra da Promissão, seu conteúdo versa exatamente sobre o tema desta entrevista.

A Terra da Promissão

Irmãos,
Na abertura do Capítulo IX de O Evangelho  Segundo o Espiritismo, Allan Kardec, com muita propriedade, escolheu a frase inesquecível de Nosso Senhor Jesus Cristo: “Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra!”
Por muitos séculos, a frase augusta do divino Mestre restou não compreendida pela coletividade cristã na face terrestre. Afinal, que terra prometida é essa a que se refere o Cristo, reservando-a aos brandos de coração e aos humildes do espírito? Não obstante o aspecto profundo, muitas vezes atribuindo às palavras iluminadas de Jesus de Nazaré o sentido figurado, em que muitos estudiosos da letra cristã consideraram essa terra sob o significado espiritual da terra simbólica da paz reinante nos corações dos justos, forçoso é reconhecermos que o real alcance da promessa do Cristo a esse respeito vai mais longe. Os mundos, estâncias de trabalho e aperfeiçoamento que enxameiam a colmeia universal da Criação divina, também progridem espiritualmente, galgando novos postos de serviço como educandários valiosos dos espíritos de suas humanidades correlatas, em contínuo processo de ascensão. À medida que avançam as noções superiores do espírito encarnado, levantando o próprio olhar para as realidades da vida imperecível, soa o clarim de uma nova era para as coletividades humanas sedentas de paz e de progresso.
É chegado o momento de novo degrau evolutivo para a casa planetária a que chamamos Terra. O prazo de 20 séculos da mensagem espiritual do Mestre inesquecível, desde sua passagem renovadora às margens do mar da Galileia, chegará no próximo ano de 2030.
Desde o advento do novo século XXI, por determinação superior, apenas têm acesso à porta da reencarnação os espíritos que atingiram em suas conquistas espirituais a mansidão, a brandura e a humildade. Aqueles que não souberam adquirir esses patrimônios morais na contabilidade de seus créditos pessoais,no transcurso de suas sucessivas reencarnações em 20 séculos de vida cristã na face da Terra, serão, como já estão sendo, conduzidos a mundos de expiação e provas que se lhes afinem com as tendências inferiores e infelizes. Os bons alunos, que se têm esforçado por domar as suas más tendências, reajustando-se-lhes os corações em sintonia com o amor universal e a sabedoria de todos os tempos, são estes que o divino Mestre apelida de brandos e humildes, mansos e pacíficos, que hão de herdar a nova Terra. Muitos deles já estão entre vós, apresentando-se com a infância natural de seus primeiros anos de crianças terrestres. À medida que forem chegando à juventude e à madureza, contudo, assumirão cada vez mais o relevante papel para o qual foram chamados na sociedade terrestre, o que imprimirá vigorosa transformação no ambiente conturbado que ainda vos envolve o cotidiano. Aproxima-se a fase final desta transição que haverá de elevar a Terra à condição de “mundo regenerado” para a qual se destina. Este período final será justamente aquele entre o centésimo aniversário do nascimento do apóstolo consolador Chico Xavier, a comemorar-se no próximo ano de 2010, em 2 de abril, e o aniversário do bicentenário do advento do Consolador prometido pelo Cristo, a comemorar-se no futuro ano de 2057, mais precisamente no dia 18 de abril.
Até lá ainda experimentareis os estertores da vida sombria dos sentimentos inferiores que ainda vos circundam a existência, fadada, invariavelmente, a ser varrida da nova Terra pela presença da Luz. Estejamos, pois, confiantes que Jesus, nosso divino Mestre, está no leme de nossa embarcação planetária, conduzindo-a ao porto seguro da paz e da esperança, da alegria e do amor, que haverá de nos irmanar, uns aos outros, como genuínos herdeiros dessa nova humanidade.  Irmãos, amigos queridos e companheiros de jornada, façamos, pois, nossa parte para merecê-la!
Theophorus


1 - Mateus, 5: 5.

(Mensagem psicografada em reunião pública no Centro Espírita Luz, Amor e Caridade, na noite de14 de agosto de 2006, por Geraldo Lemos Neto)



29 de jul. de 2011

2012 o mundo vai acabar?


        
           Tente pesquisar “2012” no Google. Digite 2012 e automaticamente o Google irá completar a pesquisa com o que ele encontra ser mais relevante em relação com o que está digitando. Ao digitar apenas o número 2, já vai aparecer 2012 (o Google possui o recurso de autocompletar). A pesquisa já trará assim “2012 o fim do mundo”. Preocupante?
        Esse assunto é um dos mais pesquisados da atualidade e curiosamente, depois dos últimos terremotos acontecidos nos últimos meses, esse assunto tem se tornado algo comum entre as pessoas, nas mesas de bares, na hora do almoço na empresa e nos assuntos de família.
       Mesmo que você não se interesse pelo assunto, pelo menos uma vez já escutou alguém comentar sobre ou então se pegou pensando...”será mesmo que o mundo está acabando, ou vai acabar? Porque falam tanto disso?”
       Conforme a data vai chegando, cientistas, místicos,religiosos do mundo inteiro se perguntam sobre o assunto e cada um, segundo a sua visão, nos traz informações sobre 2012.
       Toda essa polêmica começou devido aos estudos da civilização Maia, que diz que a Terra possui 5 grandes ciclos ou eras, cada um com 5.125 anos. Para eles 4 já se passaram. Os 4 ciclos anteriores terminaram em destruição e a profecia Maia se refere ao último dia do quinto ciclo, ou seja, 21 de dezembro de 2012. A profecia Maia para 2012 se refere a um alinhamento astronômico. Em dezembro de 2012 o sol vai se alinhar com o centro de nossa galáxia. É um raro alinhamento cósmico, que ocorre aproximadamente a cada 26 mil anos. Enfim, como esse assunto é muito extenso e complexo, neste artigo, vou me atentar a análise Numerológica e usar um pouco de Astrologia para esclarecer sobre a minha visão e inúmeras pesquisas que realizei, sobre este assunto. 
                 Dentro da Numerologia, o ano de 2012, é representado pelo número 5. O número 5 representa movimento, mudanças e nos convida a se aventurar por novas experiências. Neste ano, seremos convidados a sair da rotina e aceitar as mudanças que ocorrem em nossas vidas e porque não no planeta. Sejam mudanças emocionais, climáticas ou até mesmo políticas, todas elas nos influenciarão de alguma forma, seja no nosso comportamento ou na nossa maneira de pensar. Não é de hoje que se fala das conseqüências que as mudanças climáticas podem nos trazer e elas podem interferir muito em nossas vidas. Muito provavelmente seremos obrigados a enfrentar situações adversas e no ano de 2012, será necessário muita flexibilidade, criatividade e versatilidade, para lidar com adversidades, caso elas ocorram.
            Os eventos naturais sempre aconteceram e sempre acontecerão. O crescimento desordenado em área de risco de terremotos ou desabamentos contribuem para que eventos naturais se tornem tragédias. O planeta continuará a se transformar em sua Geologia e nós infelizmente sofreremos algumas conseqüências. E não estou escrevendo isto baseada em Numerologia e sim na lógica de toda a história da humanidade. O que muda é como lidaremos com esses acontecimentos e como poderemos ajudar as pessoas que são sobreviventes de tragédias como terremotos, tsunamis e outros. O que podemos fazer é nos tornar mais humanos, mais participativos e entender que todas as nossas ações interferem no planeta.
      Na minha visão, devemos aproveitar essa expectativa para 2012 e pensar: “se realmente o mundo acabasse eu estou feliz? Estou cumprindo o meu papel? Estou com a minha consciência tranqüila? Vivo a minha vida plenamente? Tenho um estilo de vida limpo, que não destrói o planeta em que vivo?”. No meu modo de pensar, estes questionamentos são tão importantes quanto qualquer coisa nesse mundo.
       O mundo não vai acabar em 2012. O que precisa acabar não é o planeta Terra e sim, comportamentos que envenenam o ser humano.O que precisa acabar é o egoísmo, a desigualdade, a falta de compaixão, falta de amor, falta de liberdade, orgulho em excesso, egos inflados, dogmas limitantes dentre outros absurdos que vemos por aí.
      Se 2012 trouxer a redução e a eliminação de tudo o que é ruim e não nos serve mais,espero 2012 com muita ansiedade...que venha 2012 então, e que de uma forma ou de outra, estejamos sempre preparados para tudo na vida, seja o pior, ou o melhor! Se estivermos preparados para qualquer tipo de mudança, afinal, mudanças fazem parte da vida, com certeza será um ano excelente para todos nós!

28 de jul. de 2011

Não Desaníme


Quando você se observar, à beira do desânimo, acelere o passo para frente, proibindo-se parar.
Ore, pedindo a Deus mais luz para vencer as sombras.
Faça algo de bom, além do cansaço em que se veja.
Leia uma página edificante, que lhe auxilie o raciocínio na mudança construtiva de idéias.
Tente contato de pessoas, cuja conversação lhe melhore o clima espiritual.
Procure um ambiente, no qual lhe seja possível ouvir palavras e instruções que lhe enobreçam os pensamentos.
Preste um favor, especialmente aquele favor que você esteja adiando.
Visite um enfermo, buscando reconforto naqueles que atravessam dificuldades maiores que as suas.
Atenda às tarefas imediatas que esperam por você e que lhe impeçam qualquer demora nas nuvens do desalento.
Guarde a convicção de que todos estamos caminhando para adiante, através de problemas e lutas, na aquisição de experiência, e de que a vida concorda com as pausas de refazimento das nossas forças, mas não se acomoda com a inércia em momento algum.

Por: Chico Xavier/André Luíz

27 de jul. de 2011

Dias Difíceis


 Há dias que parecem não ter sido feitos para ti.
Amontoam-se tantas dificuldades, inúmeras frustrações e incontáveis aborrecimentos, que chegas a pensar que conduzes o globo do mundo sobre os ombros dilacerados.
Desde cedo, ao te ergueres do leito, pela manhã, encontras a indisposição moral do companheiro ou da companheira, que te arremessa todos os espinhos que o mau humor conseguiu acumular ao longo da noite.
Sentes o travo do fel despejado em tua alma, mas crês que tudo se modificará nos momentos seguintes.
Sais à rua, para atender a esse ou àquele compromisso cotidiano, e te defrontas com a agrestia de muitos que manejam veículos nas vias públicas e que os convertem em armas contra os outros; constatas o azedume do funcionário ou do balconista que te atende mal, ou vês o cinismo de negociantes que anseiam por te entregar produtos de má qualidade a preços exorbitantes, supondo-te imbecil. Mesmo assim, admites que, logo, tudo se alterará, melhorando as situações em torno.
Encontras-te com familiares ou pessoas amigas que te derramam sobre a mente todo o quadro dos problemas e tragédias que vivenciam, numa enxurrada de tormentos, perturbando a tua harmonia ainda frágil, embora não te permitam desabafar as tuas angústias, teus dramas ou tuas mágoas represadas na alma. Em tais circunstâncias, pensas que deves aguardar que essas pessoas se resolvam com a vida até um novo encontro.
São esses os dias em que as palavras que dizes recebem negativa interpretação, o carinho que ofereces é mal visto, tua simpatia parece mero interesse, tuas reservas são vistas como soberba ou má vontade. Se falas, ou se calas, desagradas.
Em dias assim, ainda quando te esforces por entender tudo e a todos, sofres muito e a costumeira tendência, nessas ocasiões, é a da vitimação automática, quando se passa a desenvolver sentimentos de autopiedade.
No entanto, esses dias infelizes pedem-nos vigilância e prece fervorosa, para que não nos percamos nesses cipoais de pensamentos, de sentimentos e de atitudes perturbadores.
São dias de avaliação, de testes impostos pelas regentes leis da vida terrena, desejosas de que te observes e verifiques tuas ações e reações à frente das mais diversas situações da existência.
Quando perceberes que muita coisa à tua volta passa a emitir um som desarmônico aos teus ouvidos; se notares que escolhendo direito ou esquerdo não escapas da ácida crítica, o teu dever será o de te ajustares ao bom senso. Instrui-te com as situações e acumula o aprendizado das horas, passando a observar bem melhor as circunstâncias que te cercam, para que melhor entendas, para que, enfim, evoluas.
Não te olvides de que ouvimos a voz do Mestre Nazareno, há distanciados dois milênios, a dizer-nos: No mundo só tereis aflições...
Conhecedores dessa realidade, abrindo a alma para compreender que a cada dia basta o seu mal..., tratarás de te recompor, caso tenhas te deixado ferir por tantos petardos, quando o ideal teria sido agir como o bambuzal diante da ventania. Curvar-se, deixar passar o vendaval, a fim de te reergueres com tranqüilidade, passado o momento difícil.
Há, de fato, dias difíceis, duros, caracterizando o teu estádio de provações indispensáveis ao teu processo de evolução. A ti, porém, caberá erguer a fronte buscando o rumo das estrelas formosas, que ao longe brilham, e agradecer a Deus por poderes afrontar tantos e difíceis desafios, mantendo-te firme, mesmo assim.
Nos dias difíceis da tua existência, procura não te entregares ao pessimismo, nem ao lodo do derrotismo, evitando alimentar todo e qualquer sentimento de culpa, que te inspirariam o abandono dos teus compromissos, o que seria teu gesto mais infeliz.
Põe-te de pé, perante quaisquer obstáculos, e sê fiel aos teus labores, aos deveres de aprender, servir e crescer, que te trouxeram novamente ao mundo terrestre.
Se lograres a superação suspirada, nesses dias sombrios para ti, terás vencido mais um embate no rol dos muitos combates que compõem a pauta da guerra em que a Terra se encontra engolfada.
Confia na ação e no poder da luz, que o Cristo representa, e segue com entusiasmo para a conquista de ti mesmo, guardando-te em equilíbrio, seja qual for ou como for cada um dos teus dias.
Sentes o travo do fel despejado em tua alma, mas crês que tudo se modificará nos momentos seguintes.
Sais à rua, para atender a esse ou àquele compromisso cotidiano, e te defrontas com a agrestia de muitos que manejam veículos nas vias públicas e que os convertem em armas contra os outros; constatas o azedume do funcionário ou do balconista que te atende mal, ou vês o cinismo de negociantes que anseiam por te entregar produtos de má qualidade a preços exorbitantes, supondo-te imbecil. Mesmo assim, admites que, logo, tudo se alterará, melhorando as situações em torno.
Encontras-te com familiares ou pessoas amigas que te derramam sobre a mente todo o quadro dos problemas e tragédias que vivenciam, numa enxurrada de tormentos, perturbando a tua harmonia ainda frágil, embora não te permitam desabafar as tuas angústias, teus dramas ou tuas mágoas represadas na alma. Em tais circunstâncias, pensas que deves aguardar que essas pessoas se resolvam com a vida até um novo encontro.
São esses os dias em que as palavras que dizes recebem negativa interpretação, o carinho que ofereces é mal visto, tua simpatia parece mero interesse, tuas reservas são vistas como soberba ou má vontade. Se falas, ou se calas, desagradas.
Em dias assim, ainda quando te esforces por entender tudo e a todos, sofres muito e a costumeira tendência, nessas ocasiões, é a da vitimação automática, quando se passa a desenvolver sentimentos de autopiedade.
No entanto, esses dias infelizes pedem-nos vigilância e prece fervorosa, para que não nos percamos nesses cipoais de pensamentos, de sentimentos e de atitudes perturbadores.
São dias de avaliação, de testes impostos pelas regentes leis da vida terrena, desejosas de que te observes e verifiques tuas ações e reações à frente das mais diversas situações da existência.
Quando perceberes que muita coisa à tua volta passa a emitir um som desarmônico aos teus ouvidos; se notares que escolhendo direito ou esquerdo não escapas da ácida crítica, o teu dever será o de te ajustares ao bom senso. Instrui-te com as situações e acumula o aprendizado das horas, passando a observar bem melhor as circunstâncias que te cercam, para que melhor entendas, para que, enfim, evoluas.
Não te olvides de que ouvimos a voz do Mestre Nazareno, há distanciados dois milênios, a dizer-nos: No mundo só tereis aflições...
Conhecedores dessa realidade, abrindo a alma para compreender que a cada dia basta o seu mal..., tratarás de te recompor, caso tenhas te deixado ferir por tantos petardos, quando o ideal teria sido agir como o bambuzal diante da ventania. Curvar-se, deixar passar o vendaval, a fim de te reergueres com tranqüilidade, passado o momento difícil.
Há, de fato, dias difíceis, duros, caracterizando o teu estádio de provações indispensáveis ao teu processo de evolução. A ti, porém, caberá erguer a fronte buscando o rumo das estrelas formosas, que ao longe brilham, e agradecer a Deus por poderes afrontar tantos e difíceis desafios, mantendo-te firme, mesmo assim.
Nos dias difíceis da tua existência, procura não te entregares ao pessimismo, nem ao lodo do derrotismo, evitando alimentar todo e qualquer sentimento de culpa, que te inspirariam o abandono dos teus compromissos, o que seria teu gesto mais infeliz.
Põe-te de pé, perante quaisquer obstáculos, e sê fiel aos teus labores, aos deveres de aprender, servir e crescer, que te trouxeram novamente ao mundo terrestre.
Se lograres a superação suspirada, nesses dias sombrios para ti, terás vencido mais um embate no rol dos muitos combates que compõem a pauta da guerra em que a Terra se encontra engolfada.
Confia na ação e no poder da luz, que o Cristo representa, e segue com entusiasmo para a conquista de ti mesmo, guardando-te em equilíbrio, seja qual for ou como for cada um dos teus dias. 

Por:  Camilo.
Psicografia: Raul Texeira.

25 de jul. de 2011

Afinal de contas quem foi Kardec,Chico Xavier Ou Oswaldo Polidoro?

 
Volta e meia esse tema, polêmico por sinal, é comentado no meio Espírita. Livros a favor da tese ou contra ela estão à disposição dos que se interessam pelo assunto. Podemos até tratá-la como uma possibilidade; mas, para defini-la, é necessário resolver dois pontos:
1 – que o espírito de uma pessoa viva possa manifestar-se;
2 – que, em se manifestando, dadas as condições necessárias para isso, o espírito encarnado possa assumir a personalidade anterior que lhe é atribuída
Bom, o primeiro ponto, na verdade, já está resolvido, pois o próprio Kardec narra, na Revista Espírita, casos de manifestação de pessoas vivas. Na do ano 1860, p. ex., há muitos exemplos notáveis de evocação de pessoas vivas; porém, para que isso ocorra, é necessário que o encarnado não se encontre em estado de vigília, conforme nos explicou o codificador (KARDEC, 2001, p. 138).

Em março de 1860, publica o artigo “Estudo sobre os espíritos de pessoas vivas”, no qual se reporta à evocação do Dr. Vignal, para estudo desses casos (p. 81-88). Provavelmente o resultado é o que consta no Livro dos Médiuns, Cap. XXV – Das evocações, item 284 - Evocação das pessoas vivas, do qual transcrevemos estas questões:
38ª Pode evocar-se o Espírito de uma pessoa viva?
"Pode-se, visto que se pode evocar um Espírito encarnado. O Espírito de um vivo também pode, em seus momentos de liberdade, se apresentar sem ser evocado; isto depende da simpatia que tenha pelas pessoas com quem 
se comunica."
                                                 
39ª Em que estado se acha o corpo da pessoa cujo Espírito é evocado?
"Dorme, ou cochila; é quando o Espírito está livre."

43ª É absolutamente impossível evocar-se o Espírito de uma pessoa acordada?
"Ainda que difícil, não é absolutamente impossível, porquanto, se a evocação produz efeito, pode dar-se que a pessoa adormeça; mas, o Espírito não pode comunicar-se, como Espírito, senão nos momentos em que a sua presença não é necessária à atividade inteligente do corpo." (KARDEC, 2007, p. 384-392).
Assim, podemos dizer que é certa a possibilidade da manifestação de um espírito encarnado; entretanto, haverá uma condição para que isso aconteça, qual seja a de estar numa situação em que a presença do espírito não esteja sendo necessária à atividade inteligente do corpo físico.

Em relação ao segundo ponto, vemos essa informação:
45ª Evocado o Espírito de uma pessoa viva, responde ele como Espírito, ou com as idéias que tem no estado de vigília?
"Isso depende da sua elevação; porém, sempre julga com mais ponderação e tem menos prejuízos, exatamente como os sonâmbulos; é um estado quase semelhante." (KARDEC, 2007, p. 387-388).
A situação aqui é do espírito evocado, não diz nada sobre a sua livre manifestação. E o fato de responder como Espírito não quer dizer que assuma a sua personalidade anterior. Concluímos, portanto, que não temos informações seguras para afirmar que isso possa acontecer.

Tudo o que estamos colocando tem razão de ser, pois há manifestações do espírito de Kardec na mesma época que Chico estava encarnado. O que nos levaria a crer que, nesse caso, teria havido a manifestação de um espírito de pessoa viva.

Eduardo Carvalho Monteiro, em Allan Kardec (o druida reencarnado), narra o seguinte:
Na obra O Gênio Céltico e o Mundo invisível do mestre Léon Denis, só há pouco tempo disponível ao público brasileiro, o autor reproduziu uma série de mensagens do Espírito de Allan Kardec que, em verdade, escreveu a parte final de O Gênio Céltico. Madame Baumard, esta que o acompanhou nos últimos anos de vida como sua secretária, assim descreveu o processo criativo do grande escritor: “Durante os anos de 1926-1927, Denis manteve constantes contatos com o invisível. O interesse de Allan Kardec para com a obra em elaboração era “intenso”: apresentava-se a cada quinze dias e se encarregou, por ditado mediúnico, da parte final do livro” (MONTEIRO, 1996, p. 74). (grifo nosso).
O biógrafo André Moreil, em Vida e Obra de Allan Kardec, afirma: “Na segunda-feira da Páscoa de 1910, no centro “Esperança” de Lião, por intermédio da Srta. Bernadette em estado de sonambulismo, Allan Kardec manifestou-se para agradecer ao que fora até então o seu único biógrafo, o espírita Henri Sausse” (MOREIL, 1986, p. 174). Conforme nos informa Garcia “a Páscoa de 1910 coincide exatamente com o retorno ao corpo físico do Espírito que hoje conhecemos por Chico Xavier. Como se sabe, Chico nasceu em 2 de abril de 1910.” (GARCIA, 1999, p. 141). Assim, essa manifestação já seria de um espírito de um vivo. Nesse autor também encontramos:
Os registros de comunicações dadas por
Kardec já na condição de Espírito fora do corpo físico não ficam apenas no período imediatamente posterior à sua desencarnação. Avançamos no tempo e uma dessas mensagens merece destaque, apesar de ser bem conhecida dos estudiosos. Foi dirigida ao extraordinário filósofo Léon Denis no ano de 1925 (mais uma vez, anote o leitor a data), contendo um veemente apelo de Kardec para que comparecesse ao congresso espiritualista daquele ano, em virtude da importância do evento para o Espiritismo. [...] (GARGIA, 1999, p. 143).
De fato, em Herculano Pires se confirma isso:
Em 1925, quando se reuniu em Paris o Congresso Espiritualista Internacional, o próprio Kardec, através de comunicações mediúnicas teve de forçar Léon Denis, já velho e cego, a sair de Tours, na província, para defender o Espiritismo dos enxertos que lhe pretendiam fazer os representantes de várias tendências, como a aceitação ingênua de ilustres mas desprevenidos militantes espíritas. [...]”. (PIRES, 1978, p. 13-14).
Informa-nos também Garcia que “Wantuil e Thiesen reproduzem, ainda, na mesma obra [Allan Kardec], uma mensagem transmitida por Kardec no dia 14 de junho de 1979, no Grupo Espírita Ismael, do Rio de Janeiro. A íntegra do documento aparece ao final do volume III, fechando a biografia. (GARCIA, 1999, p. 146).

Ao que tudo indica não é de hoje essa de se querer apontar alguém como sendo Kardec reencarnado; vejamos, novamente, em Garcia:
Devemos registrar um outro fato. Denis faz uma anotação interessante no livro, a respeito de uma notícia que então se divulgava, dando conta de que Kardec estaria na época reencarnado. Ora, isso demonstra como a questão é antiga. Denis escreveu o livro em 1927, quando Chico estava com 17 anos de idade e dava início à sua tarefa mediúnica. Já
havia na ocasião aqueles que admitiam estar Kardec reencarnado mas não como Chico, note-se! Era ele um francês, com cerca de 30 anos de idade, portanto, teria reencarnado antes do novo século. Eis o registro de Denis: “Uma outra objeção consiste em pretender que Allan Kardec está reencarnado no Havre, desde 1897. Trinta anos teriam se passado de sua nova existência terrestre. Ora, pode-se admitir que um espírito deste valor tenha esperado tão longo tempo para se revelar por obras ou ações adequadas? Além disso, Allan Kardec não se comunica unicamente em Tous, mas também em muitos outros grupos espíritas da França e da Bélgica. Em todos esses lugares ele se afirma pela autoridade de sua palavra e a sabedoria de seus conhecimentos” (O Gênio Céltico, p. 220). (GARCIA, 1999, p. 145) (grifo nosso).
O que podemos concluir disso tudo é que é bem pouco provável que o espírito de Kardec, se reencarnado como Chico, pudesse manifestar-se tantas vezes como se menciona. Para aceitarmos a tese seria imprescindível levantar todas elas, especificando dia e hora, para ver se Chico, naqueles momentos nos quais Kardec se manifestava, estava dormindo ou numa situação na qual o seu espírito não precisasse comandar seu corpo físico. Fica aí o primeiro desafio para os que advogam essa tese.

Por outro lado, na possibilidade disso ter ocorrido, ainda resta um outro desafio a ser vencido que seria o de desmentir o próprio Chico, pois, nessa hipótese levantada, após emancipar-se do corpo ele teria que, de forma totalmente consciente, como acontece com os desencarnados, ter assumido a personalidade anterior para se manifestar. Ora, isso nos leva à situação de que Chico deveria se lembrar dessa “mudança”. Então, como explicar que no
dia 28 de agosto de 1988, em entrevista ao jornal Diário da Manhã, de Goiânia, respondendo à pergunta se seria Kardec reencarnado ele disse: “Consulto a minha via psicológica, as minhas tendências. Tudo aquilo que tenho dentro do meu coração é eu. Não tenho nenhuma semelhança com aquele homem corajoso e forte que, em doze anos, deixou dezoito livros maravilhosos. [...]” (COSTA E SILVA, 2004, p. 115-116). (grifo nosso).

Assim, quem ainda quiser manter a idéia de que Kardec reencarnou-se como Chico ou como Oswaldo Polidoro deve resolver esses dois desafios, que, acreditamos, resolvem de vez a questão.

Por:Paulo da Silva Neto Sobrinho.


Referências bibliográficas:
COSTA E SILVA, L. N. Chico Xavier, o mineiro do século. Bragança Paulista, SP: Lachâtre, 2004.
GARCIA, W. Chico você é Kardec? Capivari, SP: EME, 1999.
KARDEC, A. Revista Espírita 1859. Araras, SP: IDE, 2001.
KARDEC, A. Revista Espírita 1860. Araras, SP: IDE, 2000.
KARDEC, A. Livro dos Médiuns. Rio de Janeiro: FEB, 2007.
MONTEIRO, E. C. Allan Kardec (o druida reencarnado). São Paulo: Eldorado/Eme, 1996.
MOREIL, A. Vida e Obra de Allan Kardec. São Paulo: Edicel, 1986.
PIRES, H. J. Na hora do testemunho. São Paulo: Paidéia, 1978.

(Publicado no Jornal Espírita, abril de 2008, nº 392, p. 4).


Publicado nesta HP A ERA DO ESPÍRITO, com a autorização do autor.



Minha Opinião:

Eu pessoalmente não acredito que Kardec tenha vindo como Oswaldo Polidoro,pois a doutrina Espirita nos ensina que O ser humano estar sempre evoluindo e não retroagido. Kardec,jamais poderia vir e ser tão pequeno e o
que é pior, criar uma outra Religião como é o caso do "Divinismo",menor ainda. Já se Kardec tivesse sido Chico Xavier ai,sim teria mais coerência por tudo o que o ser humano Chico Xavier representou e representa para a humanidade. Agora,pessoalmente depois destas elucidaçoes do companheiro,
Paulo da Silva Neto Sobrinho,acredito, que quem achar que Kardec poderia ser "A" ou "B",agora terá que resolver esse enigma.

Regih Ricarth.